O empate entre Brasil e Espanha acabou sendo o resultado mais justo no Santiago Bernabéu, em Madrid. O 3x3 foi um placar dilatado para o que foi o jogo, muito pelos dois pênaltis inexistentes marcados para a seleção da casa (náo tinha VAR), um no começo do jogo e outro para desempatar a partida. Só nos acréscimos, também de pênalti - que existiu - o Brasil empatou.
A Seleção Brasileira entrou em campo com a mesma escalação que venceu a Inglaterra, mas o futebol não foi o mesmo. Se em Wembley a equipe marcou bem e foi muito bem nos contra-ataques, sempre em velocidade, contra a Espanha, o Brasil demorou para entrar no jogo e foi dominado no meio campo.
Se os volantes brasileiros tinham ido bem no amistoso anterior, todo foram muito mal diante do técnico e envolvente time espanhol, que colocou o Brasil na 'roda' no 1º tempo. O placar de 2 a 1 saiu 'barato' para a Seleção Brasileira.
Atuações
Bruno Guimarães, João Gomes não conseguiram marcar os espanhóis (Rodri, Fabián Ruiz e Dani Olmo dominaram o setor). E Lucas Paquetá, meia, também errou demais na armação, dificultando o jogo do trio Rodrygo, Vini Jr e Raphinha, trio que esteve apagado.
A zaga do Brasil também não foi bem: Beraldo esteve muito abaixo e Fabrício Bruno precisou jogar por ele e pelo companheiro. Os laterais tiveram muita dificuldade para marcar, principalmente Wendell diante do Lamine Yamal, jóia espanhola.
O mérito da Seleção foi voltar aguerrida para o 2º tempo e buscar o empate, que saiu em belo gol de Endrick. Além dele, que desequilibrou mais uma vez, as entradas de Douglas Luiz e Andreas Pereira melhoraram o time, que quase virou em bola na trave de Rodrygo.
Endrick mostrou que precisa ser titular da Seleção Brasileira. Ele é muito mais útil que Raphinha e tem estrela, faro de gol. Deixou sua marca nos dois amistosos.
O pênalti inexistente fez Espanha ficar na frente de novo, o que seria injusto com a raça e vontade do Brasil e o 3x3 - também de pênalti nos acréscimos cobrado por Paquetá, fez justiça ao que foi o jogo.
Saldo positivo
O saldo dos dois jogos fora de casa contra adversários fortes é positivo. O Brasil enfrentou uma equipe mais física e venceu nos contra-ataques rápidos, e diante da Espanha, time mais técnico e de ótimo toque de bola, deve dificuldade para marcar e sair para o jogo. Mas o time melhorou na etapa final.
Depois de um 2023 desatroso e sem nada para aproveitar de plano de jogo, a Seleção Brasileira tem um caminho a ser trilhado até a Copa América. O time ainda fará dois amistoso antes do torneio (08/06 contra o México) e (12/06 diante do Estados Unidos), em que se espera ainda mais evolução do time de Dorival.