Usina de fosfato e urânio: População de Santa Quitéria sugere ações para a região

Consórcio responsável pelo projeto ouviu sugestões sobre necessidades dos moradores

Legenda: Imagem ilustra exploração de urânio no interior do Ceará
Foto: Reprodução/Consórcio Santa Quitéria

O Consórcio Santa Quitéria, responsável pelo projeto mineroindustrial da usina de fosfato e urânio no interior do Ceará, esteve em campo nos últimos dias para ouvir os moradores de Santa Quitéria e Itatira. O objetivo foi dialogar com a população sobre propostas de crescimento social e econômico para a região. 

A ação ocorreu a partir da construção coletiva de propostas sugeridas pelos moradores durante as duas edições do Fórum Regional da Indústria, realizado em julho e agosto pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), englobando temáticas importantes para a população em áreas estratégicas, como educação, emprego, renda, meio ambiente, etc.

Veja também

Plano de ação

De acordo com o Consórcio, formado por Galvani e INB (Indústrias Nucleares do Brasil), as sugestões da população local serão utilizadas para compor um documento para nortear as ações em múltiplas esferas com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento dos municípios da região. 

A usina, um antigo projeto da economia cearense, produzirá anualmente cerca de 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, 220 mil toneladas de fosfato bicálcico (usado na nutrição animal) para atendimento da agropecuária no Norte e Nordeste e de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio – que será convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) no exterior, retornando ao Brasil para uso na fabricação do combustível para a geração termonuclear de Angra 1, 2 e, futuramente, 3.

A previsão é que sejam gerados mais de 8 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante as obras e cerca de 2.800 na fase de operação. O investimento será de R$ 2,3 bilhões.

A indústria, no entanto, aguarda licenciamento ambiental do Ibama.



Assuntos Relacionados