O presidente do Banco do Nordeste (BNB) Romildo Rolim deverá deixar o comando da Instituição no fim deste mês.
Conforme prevê o estatuto do banco, integrantes da Diretoria Executiva submetem-se ao limite de três mandatos consecutivos, de até dois anos cada. É o que determina também a Lei das Estatais (Nº 13.303/2016).
Para Rolim, este prazo chega ao fim em agosto de 2021. O Diário do Nordeste confirmou a informação com múltiplas fontes com trânsito no banco, incluindo políticos.
Questionado mais de uma vez sobre a data máxima para a saída do presidente, o BNB respondeu à reportagem apenas que "não há informações sobre mudança de gestão no Banco do Nordeste".
O Ministério da Economia também foi acionado, mas não retornou até a publicação desta matéria.
Quem são os cotados
Nos bastidores, as forças políticas já se movimentam para escolher o substituto.
O Diário do Nordeste apurou que o próximo presidente deve ter indicação de Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, e/ou de Wellington Roberto, deputado federal pela Paraíba. Oficialmente, o nome precisa ser validado pelo Ministério da Economia.
Entre os que possuem cargos no banco, são pelo menos três nomes cotados para assumir a presidência: Anderson Possa (Diretor de Negócios), Hailton Fortes (Diretor Financeiro e de Crédito) e Andrade Costa (Chefe de Gabinete da Presidência).
Histórico de Romildo Rolim
Com longa e prestigiada carreira no BNB, Romildo Carneiro Rolim ingressara no banco em 1989. Em 2017, no Governo Temer, assumira a presidência. Antes disso, ocupava o cargo de diretor.
Sob seu comando, o Banco do Nordeste auferiu resultados positivos na concessão de crédito, tendo sido um agente importante para a economia regional durante a pandemia da Covid-19.
No primeiro semestre de 2021, por exemplo, foram aplicados R$ 20,3 bilhões, o que representa expansão de 11,3% nas operações de crédito ante igual período de 2020.
Em 2020, Romildo Rolim havia sido substituído de forma relâmpago por Alexandre Borges Cabral, indicado pelo centrão para a vaga. Cabral, no entanto, foi exonerado em menos de 24 horas, após ser apontado como investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Rolim acabara voltando ao cargo pouco tempo depois.