O que esperar das empresas cearenses na Bolsa em 2021?
Especialista aponta que, de forma geral, empresas cearenses têm boas perspectivas. Entenda perfil e contexto
Desenha-se promissor o cenário deste ano para as empresas cearenses na Bolsa de Valores. É o que avalia o economista Allisson Martins, integrante da equipe que concebeu o Índice de Ações Cearenses (IAC), criado no curso de Ciências Econômicas da Universidade de Fortaleza para monitorar os ativos companhias do Ceará.
O especialista acredita que a confiança na retomada econômica e as perspectivas empresariais positivas podem refletir em valorização para estas empresas.
Ciclos econômicos
"Entre os empreendimentos listados em bolsa, existem aquelas empresas que são classificadas como cíclicas, ou seja, que acompanham o desempenho da economia, a exemplo da Grendene no ramo de calçados, e que em grande medida, poderá ser beneficiada com a atividade econômica em ascensão e a retomada do consumo durante o ano", aponta.
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Impacto do câmbio
Em outra vertente, ele detalha, empresas que têm na sua composição de custos, mercadorias, insumos e matérias-primas "dolarizados" poderão ter suas margens de lucratividade elevadas, em virtude da expectativa de estabilização cambial.
Um exemplo que se encaixa neste cenário é a M. Dias Branco. "Interessante mencionar que a empresa, no sentido de melhorar seus resultados, vem avançando nas exportações, principalmente para a América do Sul e Estados Unidos, com a venda de massas e biscoitos para estes mercados".
Fusões e aquisições
Outro caminho a ser considerado pelas investidores é o da sinergia em finanças, por meio de fusões e aquisições. "Empresas como Pague Menos e Hapvida devem avançar e abocanhar novas fatias de mercado em 2021", projeta Martins. O Hapvida agitou o mercado de ações nos últimos dias com o anúncio de possível fusão com a Intermédica, o que formaria o maior conglomerado de saúde do País, com 300 clínicas, 70 hospitais e 8,3 milhões de usuários de convênio médico.
ESG
"Na tese de investimentos baseados em ESG (Environmental, Social e Governance), que se fundamenta na busca por ativos com aspectos ambientais, sociais e de governança como critérios na análise, a Aeris Energia, sobretudo no longo prazo, tem um cenário bastante promissor pela frente", indica o especialista.
