Gasolina: Postos do Ceará se queixam de preços cobrados pelas distribuidoras

Aumentos independentes das distribuidoras de combustíveis geram alerta para novas majorações nas bombas, diz Sindipostos-CE

Foto: Fabiane de Paula/SVM

Em meio ao cenário de forte inflação, empresários cearenses do setor de postos de combustíveis queixam-se da variação dos preços que estão sendo praticados pelas distribuidoras.

Sem mediação da Petrobras, distribuidoras de combustíveis têm negociado valores diretamente com diferentes fornecedores, informa o Sindipostos-CE (Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Estado do Ceará). E isso, conforme o Sindicato, influencia o aumento nos preços da gasolina para os consumidores.

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As distribuidoras compram os produtos não só da Petrobras, mas também de fornecedores do mercado externo, e, em alguns casos, de formuladoras do mercado interno.

No passado, o produto oriundo da Petrobras chegou a representar 97% do total do mercado, mas, hoje, esse percentual caiu para 70%.

Com isso, os revendedores não recebem necessariamente os produtos com os preços anunciados pela estatal, mas sim com o estipulado pela distribuidora conforme a origem da compra.

Diferença de até R$ 0,30

Os postos de combustíveis estão recebendo o produto com aumentos que variam de R$ 0,10 a R$ 0,30, de duas a três vezes por semana, aponta o Sindipostos.

Os preços praticados pelos revendedores são estipulados com base na cotação das distribuidoras. Se esse valor é mais alto que o praticado pela Petrobras, o revendedor repassará independentemente dos valores praticados pela empresa estatal.

"A prática acende alerta para novos aumentos no combustível, visto que os fornecedores independentes também têm como base o mercado internacional. Com isso, os preços ficam independentes das variações da estatal", argumenta a entidade.

 

 



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