Fortaleza lidera mercado imobiliário de luxo no Brasil e atrai investidores europeus
Capital cearense registra maior ticket médio do país, diz pesquisa
Impulsionada pelo rápido crescimento econômico dos últimos anos, Fortaleza vem se tornando um epicentro regional e nacional para o mercado imobiliário de luxo. Conforme levantamento da Brain Inteligência Estratégica, a cidade possui o maior tíquete médio do Brasil neste nicho.
Na média, os compradores desembolsam R$ 3,037 milhões por um imóvel de alto padrão na Capital cearense, valor ligeiramente superior aos de Salvador e Recife.
Veja também
Cidades com Maior Ticket Médio no Segmento de Luxo
1. Fortaleza (CE)
Ticket médio: R$ 3.037.249
Preço do m²: R$ 14.947/m²
2. Salvador (BA)
Ticket médio: R$ 3.032.113
Preço do m²: R$ 15.312/m²
3. Recife (PE)
Ticket médio: R$ 3.014.628
Preço do m²: R$ 15.993/m²
4. Teresina (PI)
Ticket médio: R$ 3.010.572
Preço do m²: R$ 13.022/m²
5. Rio de Janeiro (RJ)
Ticket médio: R$ 2.918.600
Preço do m²: R$ 20.434/m²
6. Belém (PA)
Ticket médio: R$ 2.854.783
Preço do m²: R$ 13.156/m²
7. São Paulo (SP)
Ticket médio: R$ 2.831.799
Preço do m²: R$ 19.845/m²
8. Goiânia (GO)
Ticket médio: R$ 2.811.158
Preço do m²: R$ 12.684/m²
9. Brasília (DF)
Ticket médio: R$ 2.799.494
Preço do m²: R$ 17.930/m²
10. Curitiba (PR)
Ticket médio: R$ 2.788.591
Preço do m²: R$ 16.823/m²
Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que o segmento de luxo no Nordeste cresceu 20% em 2024. Em Fortaleza, foram comercializadas mais de 380 unidades de alto padrão.
Investidores internacionais
“A pandemia despertou um desejo coletivo por mais qualidade de vida, contato com a natureza e espaços amplos. O Nordeste reúne atributos que atendem a essas demandas, como clima agradável, praias paradisíacas e ritmo de vida mais tranquilo. Fortaleza, por exemplo, é um dos pontos mais próximos da Europa e dos Estados Unidos, o que facilita a atração de um público investidor internacional”, comenta Vitor Frota, CEO da Dasart Engenharia.
A empresa é uma das construtoras com projetos neste segmento, como o Mansão Diogo e o Wave Beira Mar. Somados, os empreendimentos superam R$ 700 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV).
Outro fator apontado pelo executivo é o perfil do investidor, que passou a ver o imóvel de luxo não apenas como moradia, mas como proteção patrimonial e fonte de renda, sobretudo por conta da valorização do aluguel de temporada e da demanda crescente do turismo de alto padrão.
“Hoje temos empreendimentos com cerca de 20% das vendas destinadas a clientes europeus, por exemplo”, acrescenta Frota.