Fortaleza encerrou 2024 com cofre em 'situação difícil', diz estudo da Firjan
Liquidez do Município, ou seja, dinheiro em caixa para quitar dívidas, caiu mais de 30%
O município de Fortaleza foi destaque negativo em indicadores fiscais, entre capitais nordestinas, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal 2025 (IFGF), que considera dados de 2024. Dentre os 4 pilares avaliados pelo estudo, o mais alarmante é a liquidez, que mede os recursos em caixa para a quitação de despesas.
Neste indicador, a Capital obteve nota 0,49 (em uma escala de 0 a 1), o que a coloca na classificação de "situação difícil", conforme os parâmetros da pesquisa. Em relação a 2023, o indicador registrou piora de 32%.
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Com a nota, Fortaleza ficou apenas na 97ª posição no segmento liquidez entre os municípios do Ceará e está entre as mil piores do Brasil.
Em Gastos com Pessoal, o resultado é considerado 'bom' e em Autonomia e Investimento, o desempenho é excelente.
Problema de liquidez
"Já no fim do ano passado, durante o processo conturbado de transição da gestão municipal, percebemos que teríamos problemas de liquidez em 2025. Mas somente quando assumimos a Prefeitura pudemos perceber o tamanho da dificuldade", comenta o prefeito Evandro Leitão, em contato com esta Coluna.
Ele relembra que, ao assumir o posto neste ano, o tesouro municipal tinha dívidas de R$ 1 bilhão com fornecedores e mais R$ 1 bilhão com pagamento de operações financeiras do exercício anterior.
O foco agora, diz o gestor, é o contingenciamento de gastos, de olho em uma recuperação da saúde fiscal em 2026.