'É urgente a redução das taxas de juros', diz Fiec em comunicado; leia posicionamento
A Federação das Indústrias alega que a política monetária brasileira contribui para o desequilíbrio das contas públicas e prejudica o crescimento econômico
A Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) divulgou nota, nesta quinta-feira (12), afirmando ser "urgente" a redução das taxas de juros no Brasil.
"O patamar elevado da taxa básica de juros [Selic] é o principal responsável pelos exorbitantes custos do crédito no Brasil", aponta a Fiec. "Temos uma das maiores taxas de juros reais do mundo, e isso produz um impacto negativo na competitividade das empresas, principalmente no setor industrial, que possui as cadeiras produtivas mais longas", continuou.
A Fiec afirmou ainda que a atual política monetária brasileira contribui para o desequilíbrio das contas públicas devido ao aumento de despesas, o que prejudica o crescimento econômico do País.
Leia a nota, na íntegra:
"É urgente a redução das taxas de juros!
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) é favorável à redução das taxas de juros no Brasil, onde vivemos uma realidade de crédito escasso e caro!
O patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) é o principal responsável pelos exorbitantes custos do crédito no Brasil. Temos uma das maiores taxas de juros reais do mundo, e isso produz um impacto negativo na competitividade das empresas, principalmente no setor industrial, que possui as cadeiras produtivas mais longas.
A atual política monetária eleva o custo do crédito para as empresas e contribui para o desequilíbrio das contas públicas pelo aumento das despesas financeiras, prejudicando, assim, o crescimento econômico.
Diante desse cenário, é necessária uma urgente e gradual queda da taxa Selic e, consequentemente, do custo do crédito, uma vez que não existem condições econômicas nem políticas para a manutenção do atual patamar de 10,5% e, muito menos, como se especula, para uma elevação deste patamar na próxima reunião do Copom, nem tampouco nos meses seguintes.
A manutenção da atual política monetária é prejudicial ao Brasil e a Fiec defende que a redução da taxa Selic deve ter início já na próxima reunião do Copom, nos dias 17 e 18 de setembro!".