"Ai que felicidade tirar mais uma pessoa da poupança". Eis o bordão mais famoso do influenciador Alberto Pompeu, hoje o maior produtor nordestino de conteúdo sobre finanças, com mais de 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais.
A frase, dita repetidamente pelo jovem cearense, não é da boca pra fora. Um dos principais objetivos de Alberto é mostrar ao público que o investimento mais popular do Brasil é desvantajoso ante outras tantas opções disponíveis no mercado.
O conservadorismo e a resistência dos seguidores são quebrados dia após dia nos vídeos e postagens educativas. A missão, considerando um País que negligencia a educação financeira desde o berço até a vida adulta, não é fácil.
Mas, com sotaque nordestino - o que é raro de se ver em um nicho dominado por players do Sudeste - e uma fusão de bom humor com informação esclarecedora, ele mostra que investir não é complicado, como teima em pensar a maioria. É só seguir o arroz com feijão e não tentar inventar a roda, destaca o creator.
Entre os temas favoritos, estão fundos imobiliários, ações perenes e Tesouro Selic, bons caminhos para os iniciantes.
O acelerado crescimento na popularidade, sobretudo nos últimos dois anos, levou a uma profissionalização ainda maior na produção do conteúdo. Alberto conta hoje com uma equipe multidisciplinar de dezenas de profissionais dando suporte às suas páginas, canais e cursos. No Tiktok, ele fala para 1,3 milhão de seguidores; no Instagram, são mais de 770 mil. Há ainda 330 mil no Kwai e 150 mil no Youtube.
Vácuo educacional
E Alberto mira além. Quer se tornar o maior influenciador de finanças do Brasil. Não por soberba ou ganância (o rapaz é humilde), mas para ajudar a preencher o vácuo gigantesco de conhecimento financeiro no País.
"Em geral, nossa sociedade é carente de conhecimento nesta área e necessita de pessoas que entreguem essa mensagem com seriedade, transparência e compromisso. E para mim os seguidores vão muito além de números, algo tão comum no digital. Enxergo em cada pessoa que acompanha meu trabalho a oportunidade de levar educação financeira e desenvolvimento", destaca.
Ele conta que já foi cobiçado por bancos e corretoras para promover produtos, mas garante que não ganha um centavo com publicidade, por preferir a transparência e a liberdade de recomendar para os seguidores apenas aquilo em que ele genuinamente acredita. A fonte de receita principal é a venda de seus cursos, que cresceu expressivamente no ano passado e deve seguir em alta em 2024.
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