Você sabe o que é um relacionamento tóxico?
Podem existir diversas definições, mas o que existe de comum em qualquer uma delas é que nesses relacionamentos as pessoas vivem em constante atrito, clima de tensão, de conflito. A relação é marcada por agressão, que pode ser verbal, emocional, psicológica e às vezes até física.
Normalmente, a relação começa com “grandes” demonstrações de atenção, de cuidado. De tal forma que “impressiona”. Com o passar do tempo, transforma-se em controle, posse, ciúmes doentios e agressão.
Essas relações, na sua maioria, são intensas. Diante de tanta declaração de “amor”, a pessoa vai cedendo seu espaço, seus direitos, suas vontades, para “não perder” essa pessoa tão dedicada que a(o) escolheu. De tanto ceder, já não sabe quem é, não sabe o que gosta e o que não gosta. Não sabe quais seus limites. E se torna frágil e fraca.
Quem determina as regras da relação é uma pessoa só. A outra, só tem que acompanhar.
E tal qual na síndrome de Estocolmo, a pessoa distorce a compreensão dos fatos para conseguir continuar na relação. Para não ficar só ou “não perder”.
Mas como identificar se uma relação é tóxica? Um artigo da revista Isto É, publicado em julho do ano passado, sugere 10 sinais que podem ajudar a identificar. São eles:
- Seu parceiro(a) NUNCA assume responsabilidade. Ele(a) SEMPRE vai lhe culpar por ter lhe magoado por algo, de qualquer maneira.
- Você não cuida de si mesma(o). A prioridade SEMPRE é o outro(a). A exigência de estar disponível SEMPRE para ele(a). Caso não esteja, será motivo para briga.
- Ele(a) SEMPRE te dá o tratamento de silêncio. Nunca está disponível para conversar ou aprofundar um diálogo. Não conversa, ignora-lhe ou lhe deixa conversando sozinha(o).
- Você se sente exausta(o). É muito cansativo e adoecedor conviver com uma pessoa assim.
- Ele(a) está SEMPRE oferecendo “críticas construtivas”, mesmo quando você não pede. Isso, na verdade, é uma forma de controle e manipulação, para tudo ser do jeito dele(a).
- Ele(a) NUNCA lembra da sua agenda. Saiba que isso não é por acaso. Ele(a) está certo de que você tem que estar disponível a se enquadrar na agenda dele(a). Se não estiver será motivo de confusão.
- Ele(a) SEMPRE culpa os outros pelos seus problemas. Se algo não deu certo ou errado, a culpa é de alguém, NUNCA é dele(a).
- Ele(a) é supercompetitivo. Os indivíduos do casal podem ser competitivos, mas não entre si, torcendo para que o outro(a) de dê mal nos seus projetos.
- Você sente que faz todo o trabalho na relação. O natural e saudável é quando há uma divisão de tarefas e funções. Há respeito e valorização das partes entre si. E não, cobranças e “passar na cara”. O agente tóxico, facilmente se sente e se diz explorado, reivindicando sempre mais.
- Você sempre tem uma desculpa para o comportamento do(a) outro(a). “Ele(a) teve uma infância difícil”, ou “Ele(a) teve uma semana exaustiva”. Por se diminuir tanto, você acaba encontrando justificativas para si e para os outros que querem abrir seus olhos, com o intuito de proteger o(a) outro(a).
Diante desse quadro, cabe a reflexão: Seu relacionamento é saudável ou tóxico? Se é, quem é o agente abusivo? E qual a sua responsabilidade nesse processo adoecido?
Se você se permite viver numa relação com essa qualidade, ACORDE: não é só ele (a) que está doente, você também está! Procure ajuda! Converse com alguém mais maduro(a), mais experiente ou qualificado para tanto.
Sempre é hora de mudar! Faça a sua parte: cuide-se!
Paz e bem!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.