Fiquei impressionado ao conversar com amigos sobre o jogo de hoje, Palmeiras x Fortaleza, no Allianz Parque. Motivo: a grande maioria entende como certa a vitória do Palmeiras. Argumento: o Palmeiras está melhor, em ascensão e joga em casa com o apoio da sua imensa torcida.
Aliás, ouvi isso a semana inteira. É como se o Fortaleza fosse a São Paulo simplesmente receber um castigo programado. É como se o tricolor não tivesse brio e história para se impor diante das adversidades. É como se o Fortaleza estivesse morto e sepultado.
Entendo e concordo com o favoritismo do Palmeiras, mas lembrem-se: o Lion está vivo. É o terceiro colocado na Série A. Não conseguiu isso por acaso. Ganhou do Flamengo no Maracanã. Goleou o Palmeiras no Castelão. Ganhou do São Paulo no Morumbi...
Respeito a superioridade do Palmeiras. Mas, com tudo que tenho visto no futebol, sempre abro espaço para outros resultados. Aprendi isso com as próprias surpresas inerentes ao esporte das multidões. Tudo é possível, pois.
É natural
Todo mundo sabe que são maiores as possibilidades de vitória do Palmeiras. É natural. O que não é natural é descartar a possibilidade de empate ou vitória do Fortaleza. É jogo, minha gente. O nome está dizendo: é jogo. Não raro, os resultados contrariam a natureza das coisas.
Série B
Hoje, diante do Paysandu, o Ceará vai para mais uma decisão, dentre as cinco que terá pela frente. A cada rodada, o afunilamento reduz a margem de erro. Portanto, recado direto para a turma da frente, ou seja, Saulo Mineiro, Aylon, Erick Pulga, Lucas Rian, dentre outros: é proibido errar.
Cuidado coletivo
A advertência feita no tópico anterior é válida para todo o grupo alvinegro. A atenção tem que ser coletiva. Não é possível se admitir o descuido acontecido na defesa, quando do gol do Santos na Vila. Ninguém acompanhou o Pituca, que, lépido e fagueiro, entrou livre na área do Ceará e fez o gol da vitória. Um absurdo.
Interdependência
O Ceará depende muito dos tropeços dos concorrentes. Daqui para frente, além de fazer a parte que lhe cabe, ou seja, ganhar seus jogos, o Vozão torce também por tropeços dos concorrentes. Há uma interdependência total nesta reta final do campeonato.
Vozão precisa
Que o Mirassol perca para a Ponte Preta no Estádio Maião em Mirassol; que o Vila Nova perca para o Avaí no “Ressacada” em Florianópolis; que o Operário perca para o Goiás no “Serrinha” em Goiânia; que o América-MG perca para o Sport no “Independência” em Belo Horizonte. Mas isso de nada adiantará, se o Vozão perder ou empatar.