O mais provável, na decisão da vaga para seguir rumo à semifinal da Sula, é o Corinthians continuar e o Fortaleza empreender a viagem de volta. A vantagem do alvinegro paulista é muito grande: joga em casa e pode perder por um gol de diferença.
O futebol, porém, não comporta antecipação de resultado. Nas competições modelo mata-mata, há casos surpreendentes. Verdadeiras zebras monumentais. Então, as esperanças tricolores, logo mais, têm por base as eternas surpresas do futebol.
A goleada (4 x 1) sobre o Bahia reacendeu a esperança do Fortaleza com relação ao jogo de hoje. É possível, sim, uma vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, fato que levaria a decisão para os pênaltis. O Leão voltou a jogar bem. Marinho resolveu fazer a diferença.
Cartas na mesa. Como o Fortaleza terá de se expor mais, pois precisa da vitória, certamente haverá espaços para o Corinthians trabalhar os contra-ataques. É um risco que terá de ser assumido. O Leão vai para o tudo ou nada. É assim. Repito: é mais provável o Corinthians continuar. Mas, no sistema mata-mata, tudo é possível.
Não se surpreendam se o Fortaleza voltar classificado.
Se Marinho repetir o show que deu na vitória sobre o Bahia, a defesa do Corinthians terá muito trabalho. Ele estava iluminado. O problema é a irregularidade de produção do atacante tricolor. Não sei o que há com Marinho. Há dias em que dá show. Há dias em que desaparece em campo. Incrível.
Diferente de Marinho, o goleiro João Ricardo mantém um padrão de qualidade bastante elevado em todos os jogos. Impressiona a regularidade de suas atuações, sempre com defesas difíceis. Se a decisão for para os pênaltis, João Ricardo também é pegador de pênaltis.
Mais uma vez, o alvinegro traz de volta a esperança de ascensão à Série A. Para isso, necessariamente terá de estabelecer uma série de vitórias nas próximas rodadas. Estão no caminho do Vozão: Brusque (aqui, sexta-feira), Sport (fora), Ponte Preta (aqui), Ituano (fora), Santos (fora), Paysandu (aqui), Avaí (aqui), Botafogo (fora), América (aqui) e Guarani (fora).
É preciso atenção aos concorrentes do Ceará que estão com um jogo a menos. Isso, no tempo devido, poderá ter influência na classificação. O Sport tem 27 jogos (um a menos). O Amazonas tem 27 jogos (um a menos). O Operário tem 26 jogos (dois a menos) e o América tem 27jogos (um a menos).
O Ceará passa a trabalhar no limite para chegar ao G-4. A margem de erro ficou bastante reduzida. Em casa terá de buscar três pontos. Empate soma, mas reduz a velocidade de reação. Não pode voltar a oscilar como vinha oscilando. O Vozão terá de aplicar o “sprint”, como fazem os velocistas nas provas de 100 metros rasos.