Desespero não resolve o problema do Ceará

Confira a Coluna desta terça-feira (22)

Legenda: O Ceará tropeçou mais uma vez em casa na Série B e ficou longe do G4
Foto: FABIANE DE PAULA / SVM

O gol de empate da Ponte Preta, marcado por Eliel, aos 25 minutos do segundo tempo, foi uma punhalada nas costas da esperança do Ceará. Um empate que se assemelhou à derrota, já pelo estrago que fez. Com quem eu conversei, após a partida, ficou a convicção de que somente um milagre mudará o atual roteiro, ou seja, o Vozão está mais para a permanência na Série B do que na rampa de subida para a Série A. Faltam 14 rodadas. Pontos perdidos no returno são irrecuperáveis. Justo por isso a situação se complica. 

Matematicamente ainda há condições de o Ceará alcançar a turma de cima. Mas a produção oscilante não anima. Na contagem simples, fica posto que o Ceará precisa de nove pontos para ganhar uma vaga no G-4. Mas não é só isso. O Ceará precisa ganhar nove pontos, mas os dois últimos do G-4, o Vila Nova (4º) e o Novorizontino (3º), ambos com 42 pontos, terão de passar por seguidos tropeços para permitirem a aproximação do Vozão. Portanto, não basta apenas o Ceará obter uma sequência de vitórias. É preciso também que os dois últimos times do G-4 deixem de pontuar. Conclusão: não adianta desespero. Terá de trabalhar um jogo de cada vez. 

 

Decisão doméstica 

 

A Copa Sul-Americana é internacional, mas a disputa nas quartas de final virou desafio doméstico para o Fortaleza. Na quinta, o Leão enfrentará um time bem conhecido dos cearenses: o América-MG. Para começar, esse time mineiro é o último colocado da Série A, ou seja, o lanterna. Teoricamente, as condições são todas favoráveis ao Fortaleza. Teoricamente, repito. 

 

Cuidado, Leão! 

 

O modelo mata-mata é cruel em qualquer competição. Na Sul-Americana, não é diferente. Vejam bem: o América, lanterna da Série A nacional, eliminou o Bragantino, sexto colocado da Série A nacional. O Bragantino era o favorito, pois fez o primeiro jogo fora de casa. A decisão foi para os pênaltis. O América venceu (3 x 4). Fica o alerta para o Fortaleza. 

 

Datas apertadas 

 

Um absurdo é o Fortaleza enfrentar o América-MG, quinta-feira, dia 24, em Belo Horizonte, pela Sul-Americana, e já no domingo, no Estádio Presidente Vargas, enfrentar o Coritiba pela Série A. Além do desgaste do jogo, o desgaste da viagem. Não há elenco que suporte, por mais que o treinador promova uma rotatividade. Um absurdo. 

 

Série C ao alcance 

 

O Ferroviário está fazendo bonito na Série D nacional. Agora passou para as quartas de final. Enfrentará o Maranhão. Detalhe: o Maranhão, na fase de grupos, foi o terceiro colocado do Grupo 2, mesmo Grupo que foi liderado pelo Ferroviário. No jogo de ida, em São Luís, deu empate (1 x 1). No jogo de volta, no PV, o Ferroviário venceu com facilidade (3 x 1). Mas agora será mata-mata. 

 

Pênaltis 

 

O Maranhão tem usado a série de pênalti para eliminar seus adversários. Na segunda fase da Série D, eliminou a Tuna Luso em Belém. Perdeu o primeiro jogo em São Luís (2 x 3) e ganhou o segundo em Belém (0 x 1). Nos pênaltis venceu (4 x 5). Nas oitavas, eliminou o Retrô-PE. Empatou em São Luís (0 x 0) e empatou em Recife (2 x 2). Venceu nos pênaltis (5 x 6). Cuidado, Ferrão!