Copa do Nordeste: o que é bom vem depois

Leia a coluna de Tom Barros desta segunda-feira (31)

Legenda: Tiago Nunes volta a comandar o Ceará nesta segunda-feira
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Hoje, finalmente, o Ceará estreia pela Copa do Nordeste. Depois de tantos percalços, lá vai o Vozão para os desafios. Em Aracaju, no Estádio Batistão, enfrenta o Sergipe. Não sei quem mais padeceu de Covid. Os poucos que restaram saudáveis vão a campo. Quem, como, quando e onde? Não sei. Quem não tem cão caça com gato. O Fortaleza e o Floresta já estrearam. O regulamento da Copa do Nordeste é invocado. Cada time enfrenta as equipes do outro grupo. Não há jogos entre times do mesmo grupo. Isso é um erro porque não permite avaliação mais ampla. A primeira fase em turno único também restringe a possibilidade de melhor verificação. Aí, quando chega a fase eliminatória em jogo único, o time que tenha feito melhor campanha na fase de grupos poderá ser eliminado numa só partida. Absurdo. Mas, já que todos concordaram com o modelo, cada um cuide de evitar as caixinhas de surpresas que fazem a desgraça de tanta gente. A primeira rodada ficou longe da qualidade que se quer de uma competição tão importante, embora seja forçoso reconhecer uma coisa muito comum: nem mesmo a Copa do Mundo começa com excelente qualidade na estreia. O que é bom vem depois.  

Fiorentina 

 

Quem conhece Florença, na Itália, deslumbra-se com a arte da cidade berço do Renascimento. Lá estará Arthur Cabral para mostrar a sua arte de jogar futebol. Arte que ele aprendeu nas bases do Ceará Sporting Club.  E que agora ele buscará aperfeiçoar nas disputas do Campeonato Italiano. Florença eterna, do escritor Dante Alighieri, do pintor Giotto, do gênio Leonardo da Vinci... 

Arte inesquecível 

 

Na cidade de Florença, em 1958, a Seleção Brasileira, que seguia para a Copa da Suécia, fez um amistoso contra a Fiorentina. O Brasil ganhava fácil: 3 x 0, gols de Mazola (2) e Pepe. Aí aconteceu o gol antológico de Garrincha, que driblou e fez caírem em fila Robotti, Magnini, Cervato e o goleiro Sarti. Aí, com o gol vazio, poderia ter feito o gol, mas, antes de fazê-lo, assombrou o mundo. 

Mais um drible 

 

Garrincha viu que Robotti, o primeiro que tinha sido driblado e caído, conseguira voltar ao combate. Garrincha aplicou novo drible em Robotti que, para não cair de novo, teve de segurar-se na trave. Aí Garrincha caminhou com a bola até dentro do gol. Jogada de gênio, mas entendida como irresponsabilidade inaceitável.