A situação na Série B nacional tornou-se bem delicada para o Ceará, após a vitória do Novorizontino sobre o Guarani. Isso já era previsível. Agora é encarar o desafio, fazendo a parte que lhe cabe. E, claro, ficar na torcida por tropeços dos concorrentes. Como previ: agonia e sofrimento até o fim do certame.
Quando se depende dos outros, há geralmente um certo desânimo. Mas não deve ser assim. Enquanto matematicamente for possível alcançar a classificação, todos os esforços devem ser feitos para conservar a esperança. O futebol não comporta antecipações em questões abertas.
Ficou ruim? Ficou. É difícil? É. Mas os percalços existem também para os adversários. São dificuldades menores, mas existem. Sport (3º) e Mirassol (4º) ainda não estão com a estrada pavimentada. Há também muita pedra tosca pelo caminho. Paralelepípedos soltos. Enfim...
A preocupação maior é com a qualidade do futebol posto em prática pelo Vozão. Até o momento não conseguiu o padrão elevado que o próprio treinador, Léo Condé, quer. Queira Deus que, nestes quatro jogos finais, produza o suficiente para alcançar seu desiderato.
Um time do Nordeste, para ganhar o título de campeão brasileiro da Série A, terá de enfrentar, além das 19 equipes adversárias, a má vontade dos árbitros, os de campo e os do VAR. Estão incluídos aí os árbitros pusilânimes e incompetentes. São raros os que não temem a pressão das torcidas.
Se não tivesse sido vítima de tantos erros das arbitragens, o Fortaleza estaria no topo, acima do Botafogo e do Palmeiras. Assim fica muito difícil uma equipe nordestina alcançar o título de campeão. Tem de lutar contra tudo e contra todos, inclusive contra a poderosa madrasta CBF.
Creio que um dos motivos dos poucos títulos de times nordestinos nas competições nacionais se deva à discriminação. Quando demonstram condições de ganhar, são prejudicados por decisões polêmicas. Mas a luta continua. Pode ser que um dia esta gente da CBF tenha pudor e passe a agir com justiça e lealdade.
Quando o Ceará decidiu o título da Copa do Brasil, em 1994, diante do Grêmio, em Porto Alegre, todos sabem o que aconteceu. O árbitro, cujo nome não coloco aqui para não sujar esta página, prejudicou o Vozão. Deixou de marcar o pênalti que poderia dar o título de campeão ao Ceará, além de expulsar dois jogadores alvinegros.
No sábado passado, quando viram a possibilidade de o Fortaleza ir incomodar o Palmeiras e o Botafogo, o árbitro, cujo nome não cito aqui para não sujar esta página, arranjou dois pênaltis para o Palmeiras. Decisões sempre prejudicando os times nordestinos. É muita coincidência!