Árbitro incompetente destruiu espetáculo

Uma noite infeliz do senhor Wagner Reway. Ele pôs tudo a perder. Ceará x Santos, no Castelão, poderia ter tido seu curso normal. A errada condução, praticada por um juiz ruim, irritou os atletas. Os nervos ficaram à flor da pele. Consequência foi o coletivo descontrole emocional. A sequência de expulsões, seis ao todo, resultou da incompetência do apitador. Quanto ao jogo, o Ceará dominou o Santos. Apesar de ter sofrido um gol logo aos oito minutos, o Vozão reagiu. Assumiu o controle. O Santos atrás, buscando os contra-ataques. O pecado do Ceará foi desperdiçar tantas oportunidades. No 1º tempo, 21’, Tiago Pagnussat desperdiçou boa chance. No 2º tempo, uma sucessão de gols perdidos: 9’, Leandro Carvalho; 20’, Mateus Gonçalves; 28’, Lima, após bola na trave em chute de Vina; 30’, Rafael Sóbis. Não é admissível tamanho desperdício de chances. Quando o árbitro Wagner Reway perdeu o controle do jogo, um festival de expulsões revelou claramente uma coisa muito comum no futebol brasileiro: o dia ou a noite em que a incompetência entra em campo em forma de apito. E se encarrega de acabar com o espetáculo. Injusta derrota do Ceará.

O caminho
No Maracanã, um Fortaleza perfeito no 1º tempo. Proposta muito bem executada: segurar o Flamengo e sair em contra-ataque veloz. O Leão tomou o gol logo no início, mas teve personalidade para gradualmente dar a resposta. O caminho foi Osvaldo, que sofreu o pênalti convertido por Juninho. E noutro lance mandou bola na trave. Estava tudo muito bem.

O castigo
Na fase final, o erro tricolor: não conseguiu sequer ligar um contra-ataque. Aí, amigos, trazer para seu próprio campo um time da elevada qualidade técnica do Flamengo é pedir para perder. Perdeu. Gabriel fez 2 a 1 nos minutos finais. Ele perdera ótima chance pouco antes. Era o recado. Na segunda, não perdoou. Castigo.

Transição
Jogar fechado contra o Flamengo é uma necessidade. Mas fundamental, para equilibrar, é uma transição em velocidade nos contra-ataques. É saber aproveitar os espaços que o Flamengo dá. O Fortaleza soube fazer isso muito bem no primeiro tempo. Na fase final não conseguiu. Uma única ligação quase deu certo, mas Romarinho estava em posição ilegal.

O gol de Everton <MC>Ribeiro merece um registro especial. Um golaço, produto da extraordinária categoria desse notável atacante da equipe do Flamengo. Acho que só hoje o Felipe Alves, vendo o vídeo do jogo, conseguiu entender como tudo aconteceu.

Eu não sei qual o nome <MC>que se dá à conclusão desse gol de Everton Ribeiro. O narrador, esgoelado, falou em cavadinha e chapéu. E acho que foi mesmo um chapéu. Mas um tipo de chapéu sui generis, porque de frente. Lembrei-me da publicidade antiga: um chapéu fino ramenzoni.