A reza do treinador Vojvoda na Matriz de Aquiraz

Leia a coluna desta terça-feira (27)

Escrito por
Tom Barros tom.barros@svm.com.br
(Atualizado às 09:39)
Legenda: Vojvoda em embarque do Fortaleza
Foto: Vinícius Palheta/Fortaleza EC

Repercutiu muito, nas redes sociais, a visita feita pelo técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, à Igreja de São José do Ribamar, no vizinho município de Aquiraz. A citada igreja é a segunda mais antiga do Ceará. De acordo com o IBGE, foi fundada em 1769. Na época, Aquiraz era a primeira capital do Ceará.  

Acho bonito, quando atletas, técnicos, dirigentes e os desportistas em geral mostram ostensivamente a sua fé cristã. Isso é importante. Muita gente pode pensar que as preces são por vitórias. Não é isso. São preces para que tudo termine em paz, quer na vitória, quer na derrota.  

O futebol é um esporte de choque. Tem seus riscos. Daí podem acontecer lesões graves. Há também casos de morte, embora sejam raros. Enfim, o treinador ter ido à missa não quer dizer que esteja a pedir a interferência dos anjos e dos santos na sua equipe. Ele foi pela formação católica e pelo compromisso com a palavra. 

É natural que Vojvoda vá à missa, sempre que possível. Como, porém, a sua presença na Matriz de Aquiraz foi divulgada nas redes sociais, cada torcedor interpretou à sua maneira. Tudo bem. 

Religião 

Na década de 1960, nos vestiários do Estádio Presidente Vargas, não raro apareciam algumas velas acesas. Ninguém sabia quem as levava e quem as acendia. Valiam todas as crenças. Não sei quais as intenções ou quais os pedidos feitos ali. A verdade é que as velinhas estavam lá no chão. 

Sinal da Cruz 

Quando um time de futebol entra em campo, é comum alguns jogadores serem vistos fazendo o sinal da Cruz. É uma manifestação de fé. Geralmente, pedem proteção para o corpo nos duros desafios que terão. Há também os que rezam discretamente, sem exteriorizar qualquer sinal. 

Sem interferência 

Há muita gente que pergunta: se os dois times rezam, pedindo a Deus por vitória, a quem Ele atenderá? Não creio que Deus interfira a favor ou contra nos jogos em geral, de todas as modalidades. A meu juízo, cada time cuida de fazer a parte que lhe cabe. Total isenção divina. É o que penso. 

Os doze 

Jesus Cristo escalou o seu time: Pedro, André, Tiago e João. Felipe e Bartolomeu. Tomé, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu e Simão. Lamentavelmente, Judas Iscariotes deixou o time para seguir o caminho da perdição. Larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição. 

Conclusão 

Nestes anos todos em que está aqui, certamente Juan Pablo Vojvoda já deve ter ido à missa centenas de vezes. Talvez, de forma bem discreta, sem ser percebido. Que ele prossiga nas suas orações, partícipe dos atos litúrgicos da fé cristã. Claro, independentemente das coisas do futebol. Não perturbem. Deixem Vojvoda rezar.