Ceará negocia com peruanos investimentos em produção de abacate e mirtilo

Informação foi confirmada pelo secretário executivo do agronegócio da Sedet durante feira do setor de frutas em Madrid, na Espanha

Legenda: Estande do Brasil na Fruit Attraction, em Madrid
Foto: Divulgação

O agronegócio cearense poderá contar com investidores peruanos para a produção de frutas de alto valor agregado nos próximos anos.

Segundo Sílvio Carlos, executivo do agronegócio, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), o Governo do Estado já iniciou as tratativas com empresas do país sul-americano e deverá ter mais reuniões nos próximos dias, como parte da agenda de participação da Fruit Attraction 2022, em Madrid. 

De acordo com o secretário executivo da Sedet, os empresários peruanos estariam buscando alternativas para entrar no mercado brasileiro, já que as restrições sanitárias entre os países dificulta a comercialização por aqui. 

O objetivo dos empresários peruanos é adquirir terras no Ceará para produzir frutas de alto valor agregado como o avocado (abacate) e o blueberry (mirtilo). Sílvio Carlos comentou que eles já fizeram algumas visitas a algumas regiões no Estado, como a Ibiapaba e outras próximas aos municípios de Limoeiro e Quixeré. 

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"Tem uma empresa do Peru que vai visitar a Ibiapaba porque eles querem investir em avocado e blueberry. O pessoal do Peru está muito interessado em ir para região livre de pragas, que é ali por Limoeiro do Norte, Quixeré e outras localidades. Eles estão interessados em vir para cá do Peru para vender aqui no Brasil, por termos um bom mercado interno", explicou Sílvio.

Os representantes do Estado deverão se reunir com os empresários peruanos nos próximos dias como parte da agenda de promoção do mercado cearense na Fruit Attraction.

Potencial do mercado de cacau

Sílvio Carlos também comentou que o Estado ainda possui um grande potencial para a produção de cacau nos próximos anos. Ele comentou que discute o assunto com empresários europeus durante os primeiros momentos da feira em Madrid, e que há espaço para ampliar as exportações do produto que sai aqui do Ceará. 

Legenda: Sílvio Carlos (esquerda) representando a Sedet no Fruit Attraction
Foto: Divulgação

"O setor que cresce muito é o do cacau. A gente fez os testes há vários anos associando com a banana e já é uma realidade, então o pessoal do Acaraú já está associando o cacau com o coco. A gente produz muito cacau, mas importamos muito também porque a demanda é muito alta", disse. 

"A verdade é que temos a gente tem um potencial muito grande, e acredito muito no setor da fruticultura no Ceará", completou Sílvio.

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