FavELAS: um viva às mulheres de luta

Legenda: Ao mesmo tempo em que recebem ajuda, compartilham o pouco que têm com quem está perto
Foto: Divulgação/Cufa

No último Dia das Mães, tínhamos uma meta, uma ação que atingisse 500 mil mães em todos o País. Chegamos a 625 mil, e isso nos trouxe muitas lições.

A primeira delas sobre retomar o engajamento solidário. Nosso muito obrigado a todos os parceiros que fizeram isso ser possível e fazer desse dia um dia histórico.

Segundo, pelas mulheres. Muitas, das que foram atendidas nas ações hoje, são mulheres que se tornaram linha de frente. Nosso amor e gratidão a todas vocês, de norte a sul do Brasil, das favelas mais longínquas e sem estruturas às comunidades ribeirinhas e tribos indígenas, do quilombo mais antigo às vielas mais apertadas. Vocês, mães das favelas, nos orgulham e impulsionam.

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Na sequência, batemos outra campanha importante, que reduziu de 85% a queda das doações em 45% por cento. A sociedade organizada e o empresariado comprometido deram resposta ao chamado pela solidariedade. 

Precisaremos disso para juntar os cacos do País e rescontruir esta nação com uma agenda pública, com foco em comida na mesa, empregos e vacina no braço.

Sobre as mães da favela, a novidade é que conseguimos renovar o pacote Alozão, da empresa Alô Social/Favela Hilding, e as mães que forma beneficiadas, ano passado, com um pacote de dados ilimitado de internet, redes sociais e ligações telefônicas durante seis meses, terão mais seis meses de benefícios. Leide, da favela de Salvador, me deu a senha essa semana: "Preto Zezé, A Mãe tá ON".

Quero dedicar a esta mulherada, que dia a dia nos impulsona a não desistir, que correspondem a quase 50% das lideranças de famílias nas favelas. É nelas que está a parte mais vulnerável diante da pandemia, com filhos em casa, sem escola há mais de um ano. Ao mesmo tempo em que recebem ajuda, compartilham o pouco que têm com quem está perto. Para quem não tem nada, todo pouco é muito.

Todas as mulheres, nas mais diversas áreas da Cufa, das lideranças às anônimas, da comunicação à logística, da administração às lideranças nas favelas do País: vocês não são parte da luta, vocês são a própria luta. 

Agora coloco aqui o nome de todas vocês: Berna, Diane, Meire, Juliana, Janaína, Dinorá, Geovana, Mônica, Celinha, Ana e Ariela. 

Todos os agradecimento seriam pouco para retribuir tamanha força. Então, só quero que saibam: estaremos juntos até o final e, do que depender de nós, ninguém ficará para trás.

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.



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