Conheça o Santo Sepulcro, caminho que os romeiros do Padre Cícero percorrem como forma de penitência

Legenda: O caminho pedregoso guarda mistérios e muita fé. Aqui é possível encontrar o túmulo de um beato que se chamou Manoel João e que conviveu com o Padre Cícero
Foto: Patrícia Silva

São 6 quilômetros de caminhada da estátua do Padre Cícero até esse local de peregrinação, que fica do outro lado da colina do horto, o ponto mais alto de Juazeiro do Norte.

O caminho do Santo Sepulcro ganhou esse nome por causa das pedras que lembram o local onde Jesus Cristo foi sepultado, em Jerusalém. Aqui elas são um sinônimo de penitência.

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Os peregrinos tocam nas maiores. Tentam passar pelos espaços estreitos formados por elas, como a fenda da Pedra do Pecado, que só os puros conseguiriam atravessar. E há também centenas de menores, que são carregadas e dispostas cuidadosamente em galhos e cruzes. 

O assistente social Paulo Roberto da Silva levou uma pedra na cabeça durante parte do percurso. A graça pedida valeu o sacrifício: que o pai se cure de um câncer. Essa é a viagem de número 58 de Paulo, que mora na Paraíba.

Legenda: Paulo Roberto da Silva pediu a cura do pai
Foto: Patrícia Silva

Os romeiros têm outros rituais, como o de amarrar fitas coloridas. Há tantas no gradil que mal é possível identificar a imagem de Santa Edwiges, que dá nome as uma das duas capelas construídas aqui. A outra é de Senhora Santana. São minúsculos espaços caiados onde os católicos se apinham para rezar.

Esse local pedregoso guarda mistérios. Aqui é possível encontrar o túmulo de um beato que se chamou Manoel João e que conviveu com o Padre Cícero. 

Numa das capelas, há um mirante. Dele, é possível ter uma vista panorâmica pouco conhecida da imagem de Juazeiro do Norte. Em vez da cidade em crescimento vertical, vê-se um vale coberto de árvores da caatinga, ainda verdes, prestes a perderem as folhas para enfrentar a estação seca.

Foto: Patrícia Silva

Foto: Foto: Patrícia Silva

 

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