Como adotar um pet? Veja 5 dicas para adoção responsável
A adoção responsável preza por lares amorosos e dedicados ao bem-estar animal
Nesta quinta-feira, dia 14 de março, é celebrado o Dia Nacional dos Animais. A data busca conscientizar atuais e futuros tutores sobre os cuidados que devem ser dados aos bichinhos, sejam domésticos ou selvagens.
E se você pretende aproveitar o momento para aumentar a sua família, saiba que é preciso organização e responsabilidade. Você pode encontrar seu novo melhor amigo através de Organizações Não Governamentais (ONG's), mas elas estão focadas em encontrar tutores responsáveis.
“Fazemos entrevistas com várias perguntas. A gente não se importa com o número de adoções, nós queremos qualidade nessas adoções. Já aconteceu demais de as pessoas adotarem e uma semana depois ou um mês depois vir devolver o animalzinho. Se você quer adotar, você tem que saber que o pet vai viver 15 a 16 anos".
E saiba que você não está sozinho nessa tomada de decisão. Pelo menos 70% da população brasileira tem um pet em casa ou conhece alguém que tenha, são mais de 149 milhões de animais de estimação, segundo o censo do Instituto Pet Brasil (IPB) de 2021.
Contudo, é preciso se preparar para garantir que o animal tenha uma boa qualidade de vida, com segurança e saúde. Veja cinco dicas para ajudar nesse processo.
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1 - Converse com todas as pessoas da família
Se você divide a casa com mais pessoas, é importante que todas concordem com a adoção. Isso inclui alertar sobre as responsabilidades que irão surgir com o novo pet e pedir compreensão nos primeiros meses.
Essa etapa é fundamental, de acordo com Lindoneide Lobo Rocha, fundadora da ONG Causa Pet Lar Temporário. “Você adota, mas, digamos, que você mora com seu pai, sua mãe e dois irmãos. Aí três pessoas aceitam e duas não. Vai gerar conflito na família".
Um detalhe relevante! Se você pretende adotar junto com seu parceiro(a), é importante lembrar que uniões estáveis, rompimentos e a chegada de uma criança não são critérios válidos para devolver, doar ou abandonar o animal —falaremos sobre isso, com mais calma, nas próximas colunas.
2 - Zelar pela saúde do pet
Saúde em primeiro lugar. Para isso, você precisa de tempo suficiente para se dedicar aos cuidados diários, incluindo alimentação, visitas ao veterinário, passeios e brincadeiras. Por isso, o médico veterinário e adestrador, Henrique Perdigão, alerta que todo cachorro precisa de horários certos de alimentação. “90% dos problemas comportamentais vem de uma má organização do horário de alimentação”.
Organize o financeiro para a chegada do pet. Há demandas de castração e vacinação que são obrigatórias para cães e gatos, além da necessidade de consultas, realizar check-ups, compra de medicamentos e vermifugação. Tudo isso é essencial para acompanhar a saúde do pet.
3 - Pesquise por cachorros que se adaptem ao seu estilo de vida com mais facilidade
Um filhote nem sempre é a única escolha. Eles ainda não são adestrados e necessitam de mais atenção. Você já pensou em adotar um cachorro adulto? Eles podem ser ótimos companheiros. Por isso, o porte e a raça também devem ser verificados, de acordo com o estilo de vida de cada um.
“O filhote vai roer, vai brincar de morder, vai chorar, vai ter que aprender onde fazer xixi e cocô, mas isso é normal, frequente e previsível. E ainda, os tutores querem saber o tamanho máximo do filhote. Às vezes, não sabemos quem é a mãe ou o pai do filhote, então, isso é difícil de descobrir".
Outro exemplo, se você mora em um apartamento pequeno, um cão de porte menor pode ser mais adequado do que um grande. Já se há crianças na casa, o pet ideal deve ser mais sociável e brincalhão.
4 - Proporcionar espaço adequado
Disponibilizar um espaço para os pets é enriquecedor para o desenvolvimento deles. Cada animal tem necessidades diferentes. Por exemplo, os cachorros precisam correr, caso não tenha um espaço destinado a isso, vai ser preciso levá-lo a lugares em que ele possa passear.
“A gente explica: ‘olha, você tem pouco espaço. Crie uma rotina de passeio com o animal. Quantas vezes você consegue?’ Se o pet ficar preso muito tempo no apartamento ele vai ficar estressado e pode até adoecer".
No caso dos felinos, será preciso instalar telas de proteção nas janelas. Sempre que tiverem oportunidade, os gatos vão procurar lugares altos para observar seu território, e qualquer queda pode causar sérios problemas.
5 - Exercícios, treinamento e socialização
Os exercícios são fundamentais para reduzir os níveis de estresse e liberar a energia acumulada. Além disso, a prática ajuda a combater o sobrepeso e o sedentarismo.
Aliado a isso, o treinamento é importante para garantir que seu cachorro se comporte bem e se adapte à casa e rotina. “Você precisa ensinar o cachorro o que ele precisa fazer para você poder cobrar dele algo. A comunicação deve ser construída”, é o que explica o veterinário Henrique Perdigão.
Já a socialização ajuda a deixar o animal confortável em diversos ambientes e com diferentes pessoas e animais.
Dica bônus: Critérios básicos para adoção
- Mínimo 21 anos;
- Apresentar RG, CPF e comprovante de residência;
- Precisa apresentar renda capaz de suprir a necessidade do animal (vacina, vermifugação, ração, consultas);
- Precisa aceitar os critérios impostos pela ONG (aceitar visitas, enviar fotos e vídeos do animal);
- Assinatura do termo de responsabilidade.