Essa foi a primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, que reúne atletas de até 23 anos. Do Brasil, foram 358 representantes e a liderança foi consolidada com 59 ouros, 49 pratas e 56 bronzes, totalizando 164 medalhas.
O destaque para o País aconteceu também nos resultados individuais, os principais medalhistas são brasileiros. Na natação, aos 17 anos, Stephanie Balduccini chegou sete vezes ao lugar mais alto do pódio. Na mesma modalidade, Ana Carolina Vieira e Breno Correia, conquistaram cinco ouros e uma prata, cada. No coletivo, é impossível deixar de ressaltar os resultados do vôlei, ouro em todas as categorias: feminino e masculino na quadra e na praia, com as duplas Victoria e Thainara e Renato e Rafael Andrew
E tem destaque para cearense, no skate street, Lucas Rabelo, de 22 anosé natural de Fortaleza, conquistou o ouro, na modalidade que vem se tornando queridinha entre os brasileiros, principalmente, após os Jogos Olímpicos de Tóquio, que trouxeram para os olhos do grande público nomes como o da Rayssa Leal, por exemplo. Lucas não participou das Olimpíadas, mas já deixou de ser promessa para representar uma realidade da categoria. Mês passado conquistou a medalha de prata, no campeonato mundial.
Os Jogos de Cali são importantes para essa nova geração de atletas, já que além da competitividade, garante aos vencedores vaga no Pan-Americano de Santiago, em 2023. Em competições continentais, o desempenho do Brasil sempre costuma ser bastante relevante, na última edição do Pan, em Lima-2019, o País ficou em 2º lugar, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mas é importante destacar que, no caso dos Jogos da Colômbia, EUA não mandaram delegação no atletismo e natação, modalidades em que costumeiramente conquistam bons resultados. O Canadá também enviou poucos atletas. Isso não tira o mérito das conquistas nacionais, mas abre ressalvas à comparação com o que isso representa em um cenário internacional. É preciso comemorar, mas não fechar os olhos e avaliar o que, de fato, esse resultado representa.
A nova geração de atletas é promissora e tem capacidade de alçar voos maiores. Com um investimento adequado seria possível alcançar grandes resultados.
A base, em qualquer modalidade, é fundamental para a estruturação. Não adianta esperar bons resultados a cada quatro anos nas Olimpíadas e em todo o restante do ciclo, os atletas precisarem se desdobrar, para conseguir continuar treinando.
Em Tóquio, jovens talentos já mostraram o potencial brasileiro. Paris 2024 é logo ali, o que se espera é que nesses cerca de dois anos e meio que restam até lá nossos atletas possam encontrar condições e continuar se destacando em competições internacionais.