Ministério da Educação vai retomar 248 obras de escolas paradas em 104 municípios do Ceará

No total, serão 130 obras de creches e escolas, além da construção de 118 quadras esportivas ou coberturas de quadra

Legenda: Escola com obras paradas no município de Ararendá, no Ceará
Foto: Simec

O Ministério da Educação (MEC) vai retomar 248 obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas no Ceará. O balanço foi divulgado pelo MEC nesta quarta-feira (17). Os investimentos serão destinados a unidades de educação infantil, de ensino fundamental e de ensino profissionalizante, além da construção de novas quadras esportivas.

A iniciativa está prevista no Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, lançado no município de Crato, na última sexta-feira (12), pelo presidente Lula (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

Veja também

Em todo o País, o objetivo é concluir mais de 3.690 obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas. A expectativa é de que os novos equipamentos gerem cerca de 450 mil vagas na rede pública de ensino do Brasil.

No Ceará, as obras estão distribuídas em diferentes níveis de ensino:

  • 9 obras de reforma;
  • 65 unidades de educação infantil (creches e pré-escolas);
  • 54 obras de ensino fundamental;
  • 2 de ensino profissionalizante; e
  • 118 novas quadras esportivas ou coberturas de quadras.

Recursos estaduais e atualização de valores

O pacto pela retomada das obras inclui ainda atualizações na relação entre governo federal e prefeitura. Dessa vez, o saldo das obras poderá ser atualizado, sem que a defasagem dos valores prejudique a conclusão dos equipamentos.

Quase a totalidade das obras paralisadas ou inacabadas, 95,83%, foi pactuada entre os anos de 2007 e 2016, o que pode levar a reajustes de mais de 200% nos custos.

Além disso, a Medida Provisória assinada pelo presidente permite que estados apoiem seus municípios com recursos para a conclusão das obras. Será possível também solicitar à União recursos extras para refazer etapas da obras já concluídas, porém com desgastes causados pelo tempo sem uso.

“A intenção é que esse regime de cooperação entre estados, municípios e a União possa ajudar no enfrentamento desse grave problema das obras inconclusas e que isso permita a abertura de centenas de escolas e de milhares de salas de aula”, destacou a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba.

Municípios beneficiados

São 104 dos 184 municípios do Ceará beneficiados. Veja a lista completa: 

  1. Acarape 
  2. Acopiara 
  3. Aiuaba 
  4. Alcântaras 
  5. Alto Santo 
  6. Amontada 
  7. Aquiraz 
  8. Aracoiaba 
  9. Ararendá 
  10. Aurora 
  11. Baixio 
  12. Barbalha 
  13. Barreira 
  14. Barro 
  15. Barroquinha 
  16. Baturité 
  17. Beberibe 
  18. Bela Cruz 
  19. Boa Viagem 
  20. Camocim 
  21. Campos Sales 
  22. Canindé 
  23. Capistrano 
  24. Carnaubal 
  25. Caucaia 
  26. Chaval 
  27. Coreaú 
  28. Crateús 
  29. Crato 
  30. Deputado Irapuan Pinheiro 
  31. Ererê 
  32. Fortaleza 
  33. General Sampaio 
  34. Granja 
  35. Guaiúba 
  36. Guaraciaba do Norte 
  37. Ibaretama 
  38. Ibiapina 
  39. Ibicuitinga 
  40. Icapuí 
  41. Icó 
  42. Iguatu 
  43. Independência 
  44. Ipaporanga 
  45. Ipu 
  46. Ipueiras 
  47. Itaitinga 
  48. Itapagé 
  49. Itapipoca 
  50. Itapiúna 
  51. Itarema 
  52. Jaguaretama 
  53. Jaguaruana 
  54. Jardim 
  55. Lavras da Mangabeira 
  56. Madalena 
  57. Maracanaú 
  58. Martinópole 
  59. Massapê 
  60. Mauriti 
  61. Meruoca 
  62. Milagres 
  63. Milhã 
  64. Miraíma 
  65. Missão Velha 
  66. Mombaça 
  67. Monsenhor Tabosa 
  68. Morada Nova 
  69. Nova Russas 
  70. Novo Oriente 
  71. Ocara 
  72. Orós 
  73. Pacatuba 
  74. Pacujá 
  75. Palhano 
  76. Palmácia 
  77. Paracuru 
  78. Paramoti 
  79. Pereiro 
  80. Pindoretama 
  81. Poranga 
  82. Potiretama 
  83. Quixadá 
  84. Quixeramobim 
  85. Redenção 
  86. Reriutaba 
  87. Salitre 
  88. Santa Quitéria 
  89. Santana do Acaraú 
  90. Santana do Cariri 
  91. São João do Jaguaribe 
  92. São Luís do Curu 
  93. Senador Pompeu 
  94. Tabuleiro do Norte 
  95. Tamboril 
  96. Tauá 
  97. Tejuçuoca 
  98. Tianguá 
  99. Umari 
  100. Umirim 
  101. Uruburetama 
  102. Uruoca 
  103. Varjota 
  104. Várzea Alegre 

Como funciona o programa de obras

As obras de escolas no Brasil estão ligadas ao Plano de Ações Articuladas, o PAR. O sistema gera um compartilhamento de responsabilidade entre governo federal e entes estaduais e municiáis para obras de infraestrutura escolar.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transfere os valores correspondentes após a comprovação da efetiva evolução da obra. Apenas a parcela inicial, de 15% do valor pactuado, é transferida aos entes no início da execução da obra, a partir da inserção dos dados da obra.

Não há repasse de valores sem que a evolução da obra seja constatada. É o gestor local o resposável por realizar a licitação localmente, firmar o contrato e gerir a obra, além de informar mensalmente o FNDE sobre o seu andamento.