O Ministério da Educação (MEC) vai retomar 248 obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas no Ceará. O balanço foi divulgado pelo MEC nesta quarta-feira (17). Os investimentos serão destinados a unidades de educação infantil, de ensino fundamental e de ensino profissionalizante, além da construção de novas quadras esportivas.
A iniciativa está prevista no Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, lançado no município de Crato, na última sexta-feira (12), pelo presidente Lula (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
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Em todo o País, o objetivo é concluir mais de 3.690 obras de infraestrutura escolar paralisadas ou inacabadas. A expectativa é de que os novos equipamentos gerem cerca de 450 mil vagas na rede pública de ensino do Brasil.
No Ceará, as obras estão distribuídas em diferentes níveis de ensino:
O pacto pela retomada das obras inclui ainda atualizações na relação entre governo federal e prefeitura. Dessa vez, o saldo das obras poderá ser atualizado, sem que a defasagem dos valores prejudique a conclusão dos equipamentos.
Quase a totalidade das obras paralisadas ou inacabadas, 95,83%, foi pactuada entre os anos de 2007 e 2016, o que pode levar a reajustes de mais de 200% nos custos.
Além disso, a Medida Provisória assinada pelo presidente permite que estados apoiem seus municípios com recursos para a conclusão das obras. Será possível também solicitar à União recursos extras para refazer etapas da obras já concluídas, porém com desgastes causados pelo tempo sem uso.
“A intenção é que esse regime de cooperação entre estados, municípios e a União possa ajudar no enfrentamento desse grave problema das obras inconclusas e que isso permita a abertura de centenas de escolas e de milhares de salas de aula”, destacou a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba.
São 104 dos 184 municípios do Ceará beneficiados. Veja a lista completa:
As obras de escolas no Brasil estão ligadas ao Plano de Ações Articuladas, o PAR. O sistema gera um compartilhamento de responsabilidade entre governo federal e entes estaduais e municiáis para obras de infraestrutura escolar.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transfere os valores correspondentes após a comprovação da efetiva evolução da obra. Apenas a parcela inicial, de 15% do valor pactuado, é transferida aos entes no início da execução da obra, a partir da inserção dos dados da obra.
Não há repasse de valores sem que a evolução da obra seja constatada. É o gestor local o resposável por realizar a licitação localmente, firmar o contrato e gerir a obra, além de informar mensalmente o FNDE sobre o seu andamento.