Ceará tem recorde de mulheres eleitas deputadas federais e estaduais em 2022

Três candidatas foram eleitas para a Câmara dos Deputados e nove para a Assembleia Legislativa

Legenda: Dayany do Capitão, Luizianne Lins e Fernanda Pessoa foram eleitas para a próxima legislatura na Câmara dos Deputados
Foto: Reprodução/Instagram e AL-CE

A partir de 2023, mais mulheres representarão o Ceará na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados. As eleições deste ano resultaram na eleição do maior número de candidatas desde a redemocratização. Foram eleitas três deputadas federais e nove estaduais.

Para a Câmara dos Deputados, a deputada Luizianne Lins (PT) foi reeleita para o terceiro mandato, com 182.232 votos, a sétima parlamentar mais votada do Estado. Além dela, a Casa terá duas estreantes: a deputada estadual Fernanda Pessoa (União), que recebeu 121.469 votos, e Dayany do Capitão (União) que assumirá pela primeira vez um cargo eletivo. Com 54.526 votos, Dayany entrou na última vaga.

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Essa é a primeira vez que três mulheres são eleitas deputadas federais pelo Ceará. Em 2018, apenas Luizianne havia conquistado a vitória.

Em todo o País, houve um aumento de 77 para 91 mulheres eleitas, segundo levantamento da Representativa - Consultoria de capacitação e formação de lideranças femininas

A bancada feminina passa de 15% para 18% da Casa, sendo 35 mulheres foram reeleitas; duas retornam à Câmara depois de mandatos anteriores e, para quase 60% (54), será seu primeiro mandato como deputadas federais.

Em 2022, quatro estados não elegeram deputadas federais: Alagoas, Amazonas, Paraíba e Tocantins.

Deputadas estaduais

Já na Assembleia Legislativa, nove mulheres foram eleitas para atuar na próxima legislatura. O melhor resultado anterior havia sido há 20 anos, em 2002, quando oito mulheres foram eleitas. Outro destaque destas eleições é que uma mulher foi a terceira mais votada entre os estaduais: a ex-vereadora de Fortaleza Marta Gonçalves (PL), com 112.787. 

Marta Gonçalves, Dra. Silvana e Gabriella Aguiar
Legenda: Marta Gonçalves, Dra. Silvana e Gabriella Aguiar
Foto: Reprodução/Instagram

Em relação às eleições de 2018, apenas uma deputada concorreu à reeleição, Dra. Silvana (PL), reeleita com 83.423 votos. Das outras cinco parlamentares eleitas há quatro anos, uma tornou-se prefeita, Patrícia Aguiar (PSD); outra foi eleita federal, Fernanda Pessoa; Augusta Brito (PT) foi eleita como primeira suplente de Camilo Santana (PT) no Senado; Érika Amorim disputou vaga de senadora, mas ficou em terceiro lugar, e Aderlânia Noronha (SD) não foi candidata.

Lia Gomes, Luana Ribeiro e Jô Farias
Legenda: Lia Gomes, Luana Ribeiro e Jô Farias
Foto: Reprodução/Instagram

Quem também estreia no parlamento estadual agora são as deputadas eleitas Gabriella Aguiar (PSD), Lia Gomes (PDT), Luana Ribeiro (Cidadania), Jô Farias (PT), Juliana Lucena (PT), Larissa Gaspar (PT) e Emília Pessoa (PSDB).

Juliana Lacerda, Larissa Gaspar e Emília Pessoa
Legenda: Juliana Lacerda, Larissa Gaspar e Emília Pessoa
Foto: Reprodução/Instagram

Senado

Apesar de duas mulheres terem disputado o Senado pelo Ceará neste ano, a Casa segue sem representação feminina do Estado.

Atualmente 14 senadoras de todo o País estão em exercício. Mas, diante do atual cenário, a expectativa é de que, para a próxima legislatura, apenas 11 mulheres atuem na Casa, cerca de 13,5% dos senadores.

Governos estaduais

Nas eleições para os governos dos estados e do Distrito Federal, apenas dois terão mulheres governadoras: Fátima Bezerra (PT) reeleita em primeiro turno no Rio Grande do Norte; e Marília Arraes (SD) ou Raquel Lyra (PSDB) em Pernambuco, que decidirá a disputa em segundo turno.

Em relação a vices-governadoras, quatro mulheres foram eleitas para o cargo no primeiro turno e poderão, eventualmente, exercer o cargo na ausência do titular. Além de Jade Romero (MDB), no Ceará, também foram eleitas Mailsa Gomes (PP/AC), Celina Leão (PP/DF) e Hana Ghassan Tuma (MDB/PA).

Dos 12 estados que estão em segundo turno, 10 têm mulheres com candidatas a vice.