Maioria dos investidores brasileiros da M. Dias Branco estão na Faria Lima e no Leblon

Segundo a empresa, acionistas brasileiros se concentram basicamente em São Paulo e no Rio de Janeiro

Escrito por
Ingrid Coelho ingrid.coelho@svm.com.br
Legenda: Gustavo Theodozio, vice-presidente de Investimentos e Controladoria da M. Dias Branco, falando sobre a companhia durante encontro com a imprensa
Foto: Thiago Gadelha

A base de acionistas da M. Dias Branco é 58% composta por investidores estrangeiros, fato que leva os executivos do grupo a uma verdadeira peregrinação ao redor do mundo para manter contato com os fundos, que estão na Europa, Ásia, América do Norte e na própria América do Sul.

Já entre os acionistas brasileiros, os grandes investidores se concentram basicamente em São Paulo e Rio de Janeiro, mais especificamente na Faria Lima, avenida protagonista do mundo corporativo brasileiro, localizada em São Paulo, e no Shopping Leblon, no Leblon, um dos locais mais nobres da cidade do Rio de Janeiro.

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“No Brasil, os investidores se concentram basicamente entre São Paulo e Rio de Janeiro. É engraçado porque, dentro dessas cidades, eles se concentram também em bairros, eu diria até que num shopping. Se você pegar o Rio de Janeiro, eles ficam muito no Leblon, os grandes fundos. No Shopping Leblon deve ter ali uns sete (fundos), fica até mais fácil”, disse Gustavo Theodozio, vice-presidente de Investimentos e Controladoria da M. Dias Branco durante conversa com a imprensa na última semana.

Se por um lado o contato com os acionistas brasileiros da gigante cearense de massas e biscoitos é otimizado pela concentração de investidores em alguns centros, por outro, lidar com os fundos internacionais exige uma intensa agenda de viagens anualmente.

“É um trabalho para dar conforto para o investidor e isso requer muita viagem”, diz Theodozio.

Fundos internacionais

O trabalho de atração de fundos internacionais exige uma apresentação detalhada da história da empresa, que tem 70 anos, o que demonstra a solidez do grupo.

“Mostramos um pouco do track record (histórico de desempenho financeiro), da coerência, do que tem sido feito”, diz Theodozio, reforçando que o discurso precisa estar alinhado à prática. São pelo menos três viagens no primeiro semestre e duas na segunda metade do ano.

O fato de ter 58% da base composta por acionistas estrangeiros confere às ações da M. Dias Branco menos oscilações, conforme Theodozio.

“Quando há muitos estrangeiros na base, a ação oscila menos, porque sai menos e entra menos”. Hoje, a M. Dias Branco conta com 50 mil investidores pessoa física em sua base. Em 2016, eram 1,5 mil. No momento de pandemia, esse número chegou a 100 mil.

No próximo dia 21 de fevereiro, serão divulgados os resultados do quarto trimestre de 2024 da companhia. No terceiro trimestre de 2024, a empresa reportou queda de 51,9% no lucro líquido na comparação com igual período de 2023.

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