Comércio do Ceará mantém números positivos, e vendas sobem 1,4% em 2024

Pesquisador da Stone afirma que, dentre os estados do Nordeste, Ceará "teve a trajetória mais estável"

Legenda: Entre os segmentos que se destacaram em junho no País estão os de livros e papelaria (1,7%); tecidos, vestuários e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%)
Foto: Kid Junior

O primeiro semestre foi positivo para as vendas do comércio cearense. Pelo menos é o que apontam a Stone e o Instituto Propague por meio do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que cresceu 1,4% no Estado nos primeiros seis meses deste ano. A comparação é com os primeiros seis meses de 2023.

O cientista de dados da Stone e responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli, destaca que o Ceará teve, ao longo do primeiro semestre, "a trajetória mais estável de todos os estados do Nordeste". "Muitos estados subiam e desciam, ficaram oscilando e o Ceará manteve números positivos", pontua.

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Apesar do resultado semestral positivo, o Ceará teve uma queda de 3% nas vendas do varejo em junho na comparação com igual período do ano passado após cinco meses de alta.

Para Calvelli, entretanto, o resultado do último mês é visto como "exceção". "Quando há essa trajetória muito linear, a gente tende a achar que isso é uma exceção. A trajetória do Ceará não necessariamente se alterou", frisa Calvelli.

No Brasil, o índice apresentou alta de 0,3% no primeiro semestre deste ano. Em junho, houve queda de 0,1% no volume de vendas.

"Nós esperávamos um primeiro semestre bom, mas esse resultado não veio. Estamos saindo quase no zero a zero. Por outro lado, temos duas pequenas altas na margem nos últimos dois meses que apontam para um segundo semestre aparentemente melhor do que o primeiro".

Segmentos

Entre os segmentos que se destacaram em junho no País estão os de livros e papelaria (1,7%); tecidos, vestuários e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%).

"O que chama a atenção são os segmentos de farmácia e supermercados, que tiveram muita oscilação e essa volatilidade não se resolveu no fim do semestre", diz Calvelli.

Ele lembra ainda que a crise climática no Rio Grande do Sul teve efeito sobre esses resultados. "Quando as coisas voltam ao normal, existe um pico de consumo".



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