Na visita do presidente Jair Bolsonaro a Quixadá na última quarta-feira (23), um personagem local de destaque foi o deputado federal Capitão Wagner. A presença do pré-candidato ao Governo do Estado no carro aberto em que trafegou pelas ruas o presidente da República pode ser considerada simbólica para o momento.
Desde o ano passado, Capitão Wagner está mais próximo de Bolsonaro e, depois dessa última visita, não há mais dúvidas da preferência do presidente pela pré-candidatura do deputado que lidera o União Brasil no Estado.
Há, entretanto, questões partidárias a resolver para afinar a aliança de oposição na disputa pela sucessão de Camilo Santana (PT) no Governo do Estado.
Diálogos com os partidos
Além da simpatia do presidente, que parece estar pacificada, Capitão Wagner terá a missão de atrair também o comando local do PL, partido ao qual está filiado o presidente Bolsonaro. Após a filiação do presidente e dos seus aliados no Ceará, o comando do PL local, liderado pelo prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, ficou em xeque.
Pouco depois, entretanto, o presidente nacional da Legenda, Valdemar Costa Neto, renovou o comando local para o prefeito do Eusébio, após especulações de que a legenda passaria para algum bolsonarista. Gonçalves, é bom lembrar, integra a base aliada do governo estadual.
Empoderados pelo aval de Valdemar para seguir no comando, líderes do partido ventilam a possibildiade de ter candidato próprio ao governo do Estado. Segundo o deputado federal Júnior Mano, a disposição da legenda é apresentar um nome para disputar o Palacio da Abolição.
“Iremos ter candidato (próprio) ao governo. Ressaltamos que o partido não se coliga (nos estados) com outro partido que tenha presidenciável”, disse, em contato com esta coluna.
Interesses nacionais
Nacionalmente, o União Brasil ensaia uma possível, mas pouco provável, candidatura de Luciano Bivar, o presidente nacional. O partido quer construir um “acordo” para uma terceira via.
Capitão Wagner já declarou que quer o apoio do PL e que fará invertidas para isso. Atualmente, ele conta com legendas como Podemos, PSC, Pros e União Brasil.