Sem orientação partidária, deputados do PDT se dividem entre constrangimento e apoio ao governo

Elmano de Freitas dará protagonismo a alguns pedetistas, enquanto outros observam e esperam os comandos dos líderes estaduais

Legenda: Parlamentares do PDT ainda aguardam diálogos internos para uma posição formal em relação ao governo Elmano
Foto: Kid Júnior

O ano legislativo começou praticamente no mesmo impasse que terminou o anterior para os parlamentares do PDT na Assembleia Legislativa. O partido é hegemônico, fez a maior bancada com 13 deputados, tem um dos seus na presidência dos trabalhos, terá o líder do governo Elmano, mas não tem nenhuma orientação partidária sobre como atuarão na Casa. 

As incertezas se devem, majoritariamente, aos impasses criados internamente na legenda após o rompimento estadual com o PT nas últimas eleições e, posteriormente, os embates para definir que rumo tomar após a vitória de Elmano de Freitas ainda no primeiro turno. 

Na sessão de posse, que ocorreu nesta quarta-feira(1º), os deputados pedetistas que conversaram com este colunista se dividiam entre os que já falam como aliados do governo, os que querem dar “um voto de confiança a Elmano” e aqueles que dizem apenas que seguem o partido como está atualmente: sem caminho nenhum até o momento. 

Segundo os parlamentares, os últimos diálogos internos ocorreram em dezembro do ano passado e, mesmo assim, sem uma posição definitiva. 

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Entre os pedetistas, há um grupo claramente apoiador do governo Elmano e outro que, por proximidade com lideranças pedetistas que farão oposição a Elmano, caso do ex-prefeito Roberto Cláudio, querem manter posição de independência no Parlamento. 

Divergências devem crescer 

Essa ambiguidade sinaliza trazer no horizonte de médio prazo, mais embates internos e até o risco de saída de alguns parlamentares. 

Na última semana, o ex-prefeito Roberto Cláudio já sinalizou o tom de oposição ao governo, ao fazer uma crítica sobre a posição do Executivo no caso do fechamento da fábrica da empresa Guararapes. 

Para Roberto, a posição natural diante da derrota nas urnas era mesmo adotar um tom crítico à gestão. Entretanto, o protagonismo dado por Elmano a figuras do próprio PDT, inevitavelmente, irá causar um desconforto interno capaz de asseverar os embates.

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