Sarto vai esperar início da janela partidária para conversar sobre eleições com os vereadores

Prefeito tem o apoio de 27 dos 43 parlamentares, mas precisa reforçar sua base partidária de olho na reeleição

Legenda: Desde o início do ano, o prefeito recebe os vereadores em grupo, mas a maior demanda dos parlamentares é pelos encontros individuais
Foto: Fabiane de Paula

Durante a sessão de reabertura dos trabalhos legislativos, o prefeito José Sarto (PDT) sentiu como deverá ser o ano eleitoral entre base aliada e oposição: acirrado, com momentos evidentes de tensão e embate. Sarto tem evitado falar em sucessão municipal, mas já projeta as etapas do quebra-cabeça que deverá montar para ser candidato à reeleição. 

Em contato com esta Coluna, antes da tumultuada sessão em que leu a mensagem governamental do último ano de sua gestão, José Sarto informou que pretende começar a conversar sobre eleições com os vereadores da base daqui a mais ou menos um mês. 

A data estipulada pelo gestor coincide com o início da abertura da chamada janela partidária, período no qual os vereadores poderão trocar de partido sem o risco de perderem os mandatos. O mês de março, portanto, será crucial para as pretensões do gestor que precisa reforçar sua base partidária. 

Dos 43 vereadores, a liderança do governo na Casa, comandada pelo vereador Iraguassú Filho (PDT) contabiliza apoio de 27 parlamentares ao prefeito José Sarto, o que tem garantido aprovação da maioria dos projetos de interesse do governo.

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A conversa sobre as composições eleitorais e o último ano de Sarto na gestão, entretanto, terá outros componentes além do apoio em plenário. Geralmente, o ano eleitoral é o de maior demanda para os parlamentares, a maioria dos quais candidatos à reeleição. 

Sarto tem maioria razoável na Casa, mas tem no horizonte um desafio para a montagem da sua chapa para concorrer à reeleição. Atualmente, dos partidos com maior expressão, o prefeito conta apenas com PDT, PSDB e Cidadania. 

Em uma eleição concorrida, em que partidos como PT, PL e União Brasil devem ter candidatos próprios, a atração de legendas que possam garantir fundo eleitoral e tempo de propaganda em rádio e TV será desafio ao prefeito. 

Apenas para pegar como exemplo o embate com o PT, que detém o governo do Estado, o indicado do grupo governista deverá ter um apoio, ao que tudo indica, robusto.

Pelo menos seis das legendas com mais tempo de propaganda podem estar com o candidato de oposição a Sarto: PT, MDB, PSB, PSD, Republicanos e PP.