Roberto Cláudio transita bem nas propostas, mas tem a questão partidária como gargalo; veja análise

Coluna avalia as entrevistas dos candidatos ao Governo do Estado à Verdinha e TV Diário

Legenda: O candidato do PDT disse, ao longo da entrevista, que pretende visitar mais de 100 municípios ao longo da campanha
Foto: Thiago Gadelha

O candidato do PDT ao governo do Estado, Roberto Cláudio, tem feito discurso, ao longo da campanha, de tentar se equilibrar entre o fato de ter sido aliado do governo até recentemente e de apresentar um projeto para o que chama de “novo ciclo” no governo do Estado. Na prática, nem quer ser visto como um opositor ferrenho, mas também quer marcar uma posição crítica. Este foi um tom que ele usou na entrevista que concedeu à Verdinha e TV Diário, na manhã desta quinta-feira (25). 

Com a experiencia de ter sido eleito prefeito da Capital por duas vezes, o candidato transitou bem, durante toda a entrevista, nos temas importantes como Saúde, Segurança e Geração de Emprego. Faltou, entretanto, detalhar melhor os custos das propostas e de onde virão os recursos para a execução. 

Na área de Saúde, além de dar sequência ao projeto de Regionalização do atendimento, o ponto que chama atenção é a criação de unidades de tratamento do câncer por região do Estado. Essa proposta também tem sido defendida, por exemplo, pelo candidato do PT, Elmano de Freitas. 

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Na geração de emprego, a aposta do candidato do PDT é a criação de 600 mil empregos, com foco na qualificação de jovens para a área digital, como na Tecnologia da Informação. 

Ao ser abordado sobre Segurança, Roberto Cláudio defende que o Estado faça parceria com municípios para fortalecer as guardas municipais e que estes profissionais possam dar suporte à Polícia no atendimento a pequenas ocorrências. 

Pontos críticos 

O candidato do PDT minimiza os impactos do racha político entre o seu partido e o PT, após a indicação dele para ser o candidato. Entretanto, este é um tema sensível para a campanha, tendo em vista que o PDT perdeu prefeitos e têm deputados divididos nesta campanha eleitoral.

Além disso, líderes do partido dele, como o senador Cid Gomes e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, não estão participando da campanha. 

A falta de detalhamento sobre os orçamentos das áreas foi um ponto que deixou a desejar na entrevista. Falar sobre os recursos é oportunidade para o ouvinte e telespectador ter maior clareza sobre a possibilidade de execução da proposta. 

Por fim, o candidato do PDT, em nenhum momento, citou a campanha nacional que apoia, caso de Ciro Gomes, à Presidência da República. Ele fez citações a nomes como Tasso Jereissati e Cid Gomes.

Veja a análise de alguns pontos da entrevista