O candidato Elmano de Freitas (PT) foi o primeiro entrevistado da série com os postulantes ao Governo do Estado no programa Bom Dia Nordeste, da Verdinha e TV Diário. A série ouvirá ainda os demais candidatos. Esta coluna inicia a publicação de vídeos sobre o desempenho dos candidatos.
Elmano se apresentou como um candidato de continuidade, ele tem como principal cabo eleitoral o ex-governador Camilo Santana. O projeto, entretanto, tem um DNA do PDT, pois teve início no governo Cid Gomes, a partir de 2006. Elmano, entretanto, tem destacado a sequência de governos, mas defende de forma mais efetiva as gestões de Camilo e Izolda Cela.
O candidato demonstrou domínio ao falar principalmente do tema da educação. Apresentou propostas como a capacitação de 100 mil jovens para o mercado de trabalho na área de tecnologias e mostrou ter um bom conhecimento sobre a política estadual na área, com os desafios da evasão escolar.
Na Saúde, ele foi bem ao comentar a estrutura montada na rede estadual após a pandemia, mas teve de explicar o motivo de a contratação de profissionais na área não ter avançado como o esperado, diante de um projeto amplo, anunciado ainda por Camilo Santana, de contratações para Funsaúde.
Segundo ele, a demora se deve às quedas de arrecadação que o Estado sofreu, principalmente, após as mudanças no ICMS dos combustíveis.
Pontos críticos
Os pontos mais sensíveis da entrevista foram a abordagem sobre a violência urbana e também a atuação dele como advogado de movimentos populares como o MST.
Na segurança, ao ser confrontado com os índices ruins da pasta no atual governo, ele reconheceu a predominância das facções criminosas e a disputa por territórios e também o número de homicídios. Para esta área, o candidato defendeu, basicamente, continuar as políticas públicas já em andamento. Faltaram novas propostas.
E sobre a sua atuação pessoal junto ao MST, Elmano disse ser um defensor do “diálogo” entre as pessoas que lutam no movimento rural para produzir e também os proprietários de terra, com a mediação do Estado. Ele defende que o Estado desaproprie terras improdutivas, a preço de mercado para repassar às comunidades que desejam produzir. Para este tema, faltaram mais detalhes. E ele terá que esclarecer mais sobre isso durante a campanha.