'Queremos fazer a mesma transformação que fizemos na mobilidade', diz secretário sobre o lixo

Prefeitura propõe criar uma taxa para coleta de resíduos sólidos, mas quer dar maior dimensão ao detalhar nova política para a área

Legenda: O presidente da Citinova, Luiz Alberto Saboia, está atuando na formulação de políticas públicas na área
Foto: Thiago Gadelha

Diante do projeto polêmico que propõe a criação de uma taxa do lixo na Capital, em tramitação na Câmara Municipal, a gestão do prefeito José Sarto (PDT) tenta dar dimensão ao que considera como uma “nova política de resíduos sólidos” que está para ser implantada na Capital. O presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), Luiz Alberto Saboia, diz que a ideia é implantar políticas inovadoras na área. 

“Estamos encarando esse projeto da mesma forma que fizemos na Mobilidade Urbana com o PAITT (Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito) que trouxe muitos avanços para a cidade”, diz ele, em contato com esta Coluna.  

Saboia é um dos idealizadores do PAITT, que teve início na gestão Roberto Cláudio (PDT) e seguiu pela atual administração. 

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O projeto foi responsável por políticas como a expansão da malha cicloviária, projeto de bicicletas compartilhadas, faixas e corredores exclusivos de ônibus e os binários. As medidas chegaram a reduzir a mortalidade no trânsito em 51% na Capital. 

Agora, diz ele, os desafios são na área de resíduos sólidos. “Precisamos olhar para isso pensando no futuro da cidade, mudar a lógica como as pessoas encaram essa questão”, destaca. Uma das metas que o projeto do Município defende é a reciclagem de 50% do lixo em um período de até 8 anos. 

Atualmente, o Brasil recicla apenas 3% dos resíduos coletados. Na capital cearense, este percentual é de 7%. O plano inclui medidas como coleta seletiva e implantação de lixeiras inteligentes na Cidade. 

Desafios no Legislativo 

A aprovação dos projetos está sob apreciação da Câmara Municipal. Evidentemente, o que tem mais visibilidade é o que implementa a taxa do lixo na Capital. Os valores variam de R$ 258 a R$ 1.600 dependendo do tamanho do imóvel.  

Segundo a proposta, 30% das residências estarão na faixa de isenção e outros 30% estarão na faixa mínima. Logo no dia que foi lido, o projeto dividiu os vereadores, inclusive os da base do governo.