Em passagem pelo Ceará, Rueda afaga alas do União Brasil e sai sem falar sobre definições

A definição sobre a posição da federação no Ceará, e em outros estados, será condicionada à eleição nacional

Escrito por
Inácio Aguiar inacio.aguiar@svm.com.br
(Atualizado às 10:02)
Legenda: Presidente do União Brasil foi o personagem político do último fim de semana no Ceará
Foto: Reprodução/Instagram União Brasil

A passagem do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, pelo Ceará no último fim de semana expôs a disputa entre governo e oposição pelo controle da federação União Progressista no Estado. Por tudo que foi publicado até aqui, Rueda não falou nada de decisivo aos políticos com quem se encontrou no Estado, na base de Elmano e na oposição.  

No fim das contas, integrantes da Federação de um lado e do outro sabem que a decisão não será tomada em Fortaleza. O futuro no Ceará dependerá essencialmente de Brasília, das tratativas da cúpula nacional e da sucessão presidencial de 2026.

Presidente nacional do partido e político de bastidores, Rueda evitou confrontos, distribuiu acenos e adiou as definições. Afagou governo e oposição, deu sinais diferentes para cada lado e saiu reforçando a ideia de diálogo. 

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O cálculo de Rueda 

A estratégia é simples. Num partido dividido, a pressão só enfraqueceria sua posição de liderança nacional. Ao valorizar sua condição, Rueda dá sinais às duas alas. A governista, próxima do governador Elmano de Freitas, saiu reforçando as "afinidades". Os opositores reforçam o peso do Capitão Wagner e a chegada de Roberto Cláudio para projetar a sigla como principal contraponto ao PT no Estado. 

As versões divulgadas por ambas as partes são de conveniência. Mas quem está por dentro do jogo sabe que a política de aliança nacional, na disputa pela Presidência da República em 2026, será o ponto a definir a política de alianças da federação União Progressista em todo o País. Isso, certamente, não será definido agora.