Chiquinho Feitosa quer comandar o União Brasil no Ceará e manter aliança com grupo governista

O empresário, que asume na próxima semana como senador, deverá ser candidato a deputado federal e disputa com Capitão Wagner o comando da nova legenda

Legenda: Chiquinho Feitosa vai assumir suplência de Tasso Jereissati no Senado por 120 dias
Foto: Kid Jr

Prestes a assumir uma cadeira no Senado Federal em substituição temporária a Tasso Jereissati (PSDB), o empresário Chiquinho Feitosa (DEM) reafirma o interesse e a articulação em curso para comandar o novo partido União Brasil no Ceará e quer, em sequência, manter a aliança com o grupo governista local, comandado por PT e PDT, para a Eleição 2022. 

O partido, fruto da fusão entre DEM e PSL, será o maior em atuação no Brasil com mais de 80 deputados federais, a maior bancada da Câmara, terá o maior tempo de Rádio e TV e a maior fatia de recursos do fundo eleitoral.

A legenda, no Ceará, conforme já detalhamos, está em disputa entre Chiquinho e o deputado federal Capitão Wagner (Pros), que é pré-candidato a governador do Estado. 

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Em entrevista a este colunista, Chiquinho diz que deverá voltar à disputa nas urnas, para concorrer ao cargo de deputado federal, e que tem conversado permanentemente com lideranças sobre o assunto, principalmente o presidente nacional do DEM, ACM Neto.  

“É natural que o comando do DEM, que é o meu caso, queira comandar o que vai ser o maior partido do Brasil. No PSL, também é natural que as pessoas queiram ficar. Eu espero ficar com o comando aqui e tenho conversado sobre isso”. 
Chiquinho Feitosa
Presidente Estadual do DEM

Feitosa reconhece, no entanto, que ainda não há uma decisão fechada pelo comando nacional. “Tenho tido o apoio do presidente do meu partido, ACM Neto, e também outros amigos como o governador (de Goiás, Ronaldo) Caiado. Agora, se isso vai mesmo acontecer, vamos aguardar”, detalha. 

Negociações continuam

Na próxima quarta-feira, Chiquinho tomará posse no mandato de senador no plenário da Casa, em Brasília. Em paralelo, as tratativas do novo partido continuam. Inclusive, conforme antecipou esta coluna, na próxima quinta-feira, dia 4, haverá uma nova reunião para tratar sobre o assunto. 

 A definição sobre o União Brasil será bastante relevante para a disputa eleitoral do ano que vem. Não é à toa que governistas e opositores fazem articulações para tentar atrair a Legenda no Ceará.  

Caso confirme o comando do partido, Feitosa já adianta que a estratégia deve ser manter a aliança local para o ano que vem. “O plano é, junto com o PSDB e o senador Tasso, estar aberto ao diálogo e muito provavelmente manter a aliança que a gente já vem nela que elegeu o prefeito Sarto (em Fortaleza). Temos boa relação com o governador Camilo Santana e o senador Cid Gomes. Pensamos neste sentido”, reforçou. 

O objetivo eleitoral da Legenda, caso fique nas mãos dele, é fazer uma boa bancada de deputados federais, sem pretensões, pelo menos por enquanto, de integrar chapa majoritária.