O prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), foi o segundo gestor municipal afastado do cargo no Ceará somente neste mês de abril. Antes dele, no último dia 11, o prefeito de Santa Quitéria, José Braga, o Braguinha, havia deixado as funções após investigação do Ministério Público e ordem do Tribunal de justiça do Ceará.
Os dois são suspeitos de desvios de verbas públicas por meio de esquemas fraudulentos em diferentes áreas. Nos dois casos, o farto material colhido na investigação embasou os afastamentos pelo Poder Judiciário, mesmo de forma temporária, por 180 dias.
A ofensiva dos promotores indica uma tendência de maior rigor e mais aprofundamento de investigações sobre a aplicação do dinheiro público em prefeituras do Ceará pela Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap).
Nos bastidores, políticos já estão demonstrando preocupação generalizada com a nova fase de atuação dos promotores na área da administração pública.
Casos resultam em afastamento
No caso do município da Região Norte, a suspeita é de um esquema de corrupção na aquisição de combustíveis por diferentes secretarias da Prefeitura. Além do prefeito, quatro secretários foram afastados dos cargos.
Estão sob investigação os crimes de improbidade administrativa, peculato, falsidade ideológica e material. O gestor nega qualquer irregularidade e alega perseguição política.
Em Pacatuba, além do afastamento, há uma decisão judicial pela prisão do prefeito Carlomano Marques. As suspeitas são de fraudes na contratação de pessoal em diversas secretarias municipais, inclusive no próprio gabinete do prefeito. Ao todo, quatro secretários foram afastados.
São investigados crimes como contratação irregular de servidores, improbidade administrativa, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A defesa do prefeito diz estar se inteirando do caso, mas nega qualquer irregularidade e informa que irá pedir a revogação das medidas na Justiça.
Coleta de lixo
O prefeito de Itaiçaba, Frank Gomes (PDT), também está afastado do cargo por determinação judicial. Neste caso, o Ministério Público investiga possíveis desvios na área de limpeza urbana.
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