Há muitas dúvidas sobre o cenário de 2022 em relação a sucessão estadual. Entretanto, um tema que parece estar menos nebuloso é a possível candidatura do governador Camilo Santana (PT), ao senado. Embora ele esteja disciplinado a não confirmar a possibilidade, ele já dá sinais neste sentido.
Na manhã desta quinta-feira, em entrevista ao programa Paulo Oliveira, na Rádio Verdes Mares, o governador reinteirou que vai tratar disso apenas o ano que vem, mas sinalizou que vai analisar e está “à disposição”.
“Não tenho projeto pessoal. Temos um projeto de Estado. É muito bom ver que o Ceará tem a melhor educação do Brasil. Isso é a esperança para nossa juventude. Temos um projeto sério, comprometido com o Estado e é isso que quero manter”.
Camilo se encaminha para o último ano do segundo mandato com uma ampla aliança em torno do seu governo, mas o cenário de 2022 indica haver turbulências a serem superadas até chegar o embate nas urnas.
Embora seja o mais provável de acontecer neste momento, a alianç entre o partido de Camilo, o PT, e o PDT de Cid e Ciro Gomes ainda não está fechada e tem arestas a serem aparadas.
Além disso, outros partidos fortes da base de apoio como o PL e o PP estão em uma aliança nacional com o bolsonarismo. Os dois podem traçar novos caminhos para o pleito que se aproxima. Este assunto é um dos que terá um maior gasto de energia política para ser resolvido.
Operação contra aliados
Sobre a operação da Polícia Federal que teve entre os alvos o senador Cid Gomes e o pré-candidato a presidente Ciro Gomes, aliados dele, o governador reforçou tratar-se de uma ação “estranha”.
“Quero deixar claro que eu defendo que toda investigação ocorra, mas com isenção e seriedade. Me estranhou porque é um fato que aconteceu há uma década. Eles (Cid e Ciro) nunca foram chamados para falar qualquer coisa”.
“A imprensa informou que a Polícia Federal mandou cancelar a entrevista coletiva que haveria? Isso não é estranho”, questionou.