Acordo entre Cid Gomes e André Figueiredo não dá sinais de pacificação no PDT do Ceará

Posicionamento antagônicos marcam o primeiro ato do novo momento do Partido no Estado

Legenda: Objetivo da mudança é preparar o partido para a eleição municipal em todo o Estado
Foto: Kid Júnior

O acordo celebrado entre o senador Cid Gomes e o deputado federal André Figueiredo no sentido e unificar o PDT no Ceará, em nada alterou o panorama de divergências internas no partido. Ao contrário. Está gerando ainda mais especulação nos bastidores e nos holofotes. 

Na última quinta-feira (14), o novo presidente estadual do partido realizou a primeira reunião de trabalho da Executiva estadual e as declarações públicas já confirmaram divergências.  

Cid Gomes falou em “ter esperança” de unir PDT ao PT na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, sem citar nomes de candidatos. Segundo ele, essa etapa precisa ficar para o ano que vem. 

Em contraponto, o presidente nacional, André Figueiredo, também em entrevista, fez um contraponto ao declarar que a estratégia eleitoral nas cidades acima de 200 mil habitantes é de responsabilidade do diretório nacional. E atestou que a escolha do partido é pela reeleição do prefeito José Sarto. 

As declarações só confirmam as divergências que ocorrem nos bastidores. O PDT é uma organização sem alinhamento entre seus membros e seus líderes. E isso será muito difícil de ser revertido, pelo menos em análise do que tem acontecido nos últimos meses. 

A tendência é o clima piorar. O presidente do PDT de Fortaleza, Roberto Cláudio, tem adotado uma postura de oposição frontal ao governo Elmano. Segundo Cid Gomes, em agosto, o partido deverá reunir o seu diretório para firmar uma posição sobre o governo Elmano, algo que ainda não aconteceu desde a eleição. 

Em tese, a maioria do diretório é favorável à aproximação formal com o governo. Embora Cid Gomes tenha declarado que há espaço para a divergência, a possível formalização de apoio deverá acirrar ainda mais a disputa interna. 

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