Enquanto o clima anda quente no PDT, que afunila os entendimentos para definir o candidato ao governo do Estado, a pergunta que mais se faz nos bastidores não é mais nem quem será o escolhido, mas sim: por onde anda o senador Cid Gomes? Considerado o estrategista eleitoral do governismo local, o parlamentar não vai a eventos públicos há mais de um mês e, segundo os aliados, está incomunicável para o tema.
Cid está de fora das últimas articulações internas do partido que já viveu, neste mês de junho, episódios de estremecimento inéditos para uma agremiação comandada pelos irmãos Gomes. Os conflitos envolveram até o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
E a ausência de Cid tem elevado a inquietação dos correligionários, que já é comum para os momentos que antecedem a escolha dos candidatos do grupo.
Qual a avaliação de Cid Gomes no momento de disputa acirrada entre aliados de Roberto Cláudio e Izolda Cela? No último evento público do qual participou no Estado, ele repetiu enfaticamente o seguinte: “o momento é de ouvir mais e falar menos”. Isso foi no dia 26 de maio.
Um aliado do andar de cima da coligação governista disse a este colunista que “está mais difícil falar com o senador do que com o Papa Francisco”. A resposta sobre por onde anda esbarra sempre na falta de informações.
A assessoria do parlamentar, a julgar pelo que dizem os aliados, está com muito trabalho para ouvir as demandas e tentativas de contatos com o ex-governador do Estado. Sempre sem sucesso.
Esta coluna apurou ainda que o afastamento de Cid Gomes é voluntário. Não há qualquer licença médica ou doença neste momento. E não se sabe quando reaparecerá.
Os aliados esperam que seja antes da definição do candidato.