A estratégia do governador eleito Elmano de Freitas para pacificar seu nome no setor produtivo

O petista quer deixar para trás qualquer dúvida que tenha em relação a sua atuação e aposta em crescimento do investimento privado

Legenda: O novo gestor estuda manter a equipe econômica e criar uma secretaria para tratar da atração de investimentos internacionais
Foto: Fabiane de Paula

Após o expressivo resultado nas urnas, o governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas (PT), começa a se voltar para a gestão, que começa em 1º de janeiro. Respaldado pela maior parte do eleitorado, após vencer em 179 municípios, o petista prepara o terreno para chegar ao cargo também com seu nome pacificado no setor produtivo. 

Uma parte do empresariado cearense ainda se recente em relação ao novo gestor pela atuação dele, no passado, como advogado do MST, tema que chegou até a ser citado na campanha eleitoral. A estratégia de desconstrução da tese de um possível distanciamento do setor produtivo começou ainda na campanha. 

Camilo Santana, senador eleito e ex-governador, que mantém boa relação com o comando das entidades representativas, iniciou as tratativas. Elmano já esteve, por exemplo, com a Fiec, na pessoa do presidente Ricardo Cavalcante, com a diretoria da CDL, e com figuras específicas de expressão no setor como Beto Studart. 

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Os trabalhos neste sentido, entretanto, continuam. Em contato com esta coluna, Elmano minimizou algum temor e disse que está empenhado para tranquilizar o empresariado. “Quero ampliar ainda mais o diálogo em relação ao que já existia no governo Camilo. Queremos ter um ambiente seguro e ampliar ainda mais investimentos privados. A relação será ainda melhor”, sinaliza o governador eleito.

O exemplo prático que cita é nos investimentos em hidrogênio verde e energias renováveis para os próximos anos no Estado. “Há uma expectativa de R$ 100 bilhões de investimentos nessa área, pela iniciativa privada. Você acha que vamos abrir mão disso? Pelo contrário, vamos ampliar”. 

Um dos planos do novo governo, além de manter a linha de atuação na área fiscal, na saúde financeira do Estado e no desenvolvimento econômico, é ampliar a abertura do Executivo aos investimentos estrangeiros. Elmano estuda criar uma secretaria específica para atrair investidores internacionais pensando nesses potenciais do Ceará. 

Camilo Santana, que vai para a nova missão em Brasília, como senador, reforça que não há riscos sobre a postura do novo governador em relação ao setor produtivo. “Já estivamos com vários líderes do setor. Isso vai continuar. Vamos manter a relação que já temos e ampliar a participação e o diálogo”, reforçou.

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