Conhecida pelas pinturas rupestres e fósseis de dinossauros, Serra da Capivara ganha voos da Azul

Legenda: Voo inaugural da Azul para São Raimundo Nonato
Foto: Diário do Nordeste

A Azul inaugurou mais um destino regional no Nordeste: São Raimundo Nonato, no Piauí. A região, conhecida pelo Parque Nacional Serra da Capivara, onde há fósseis de dinossauros e pinturas rupestres, terá dois voos semanais para o Recife (PE). 

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De Fortaleza, o viajante poderá acessar o destino com conexão na capital pernambucana. Os voos são realizados às quintas e aos domingos, e passarão a conectar São Raimundo Nonato tanto à cidade vizinha de Petrolina (PE) quanto ao Recife e demais cidades brasileiras.  

Legenda: Pedra Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara
Foto: Diário do Nordeste

Com a inauguração dessa base, o Nordeste se consolida cada vez mais na aviação regional. Em novembro passado, a Azul inaugurou no Ceará voos para as cidades de Sobral, Crateús, São Benedito e Iguatu. Além delas, há operações ainda para Jeri e Aracati.

De acordo com o gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo, as operações em cidades do interior do País representam o principal negócio da companhia.  

Legenda: Instalações da Azul no Aeroporto de São Raimundo Nonato
Foto: Diário do Nordeste

“Hoje a aviação regional é o negócio principal da Azul. A Azul começou de uma forma regional e ao longo da história você percebe movimentos que reforçam esse DNA da Azul, quando lá em 2012 teve a fusão com a Trip que era uma empresa regional”, diz o executivo.

Segundo ele, atualmente a companhia atende quase 170 cidades brasileiras e em 2023, a expectativa é este número aumentar para até 200 destinos.  

“Se a infraestrutura permitir, ao longo do Brasil, a gente vai chegar a quase 200 cidades. Então, sim, esse é o negócio principal da Azul. Nós obviamente temos conexões para as grandes cidades, a gente tem agora uma nova operação em Congonhas (São Paulo). Nós temos também a retomada de voos regionais, mas se você olhar a característica da malha da Azul, ela é uma empresa que tem como co-business (centro do negócio) a aviação regional”, acrescenta.  

A nova e terceira base piauiense (além de Teresina e Parnaíba) deverá aquecer ainda mais o turismo local, além de ampliar o acesso da região a toda malha aérea da Azul – que, hoje, chega a um total de voos para até 3 mil destinos nacionais e internacionais. 

As vendas das passagens já acontecem desde junho deste ano, no site oficial da Azul, e os voos começam a ser realizados já na próxima quinta-feira (15), com aeronaves ATR 600, que têm uma capacidade para transportar até 70 passageiros. 

“Com mais essa iniciativa, seguimos coma missão da companhia de incentivar o turismo nacional e, no caso de São Raimundo Nonato, a movimentar todo o setor, incluindo rede hoteleira, restaurantes e outros pontos da cidade, além de ajudar a divulgar atrativos que orgulham os brasileiros, como o Parque Nacional Serra da Capivara”, diz Grandolfo. 

Acordo com os estados 

O gerente da Azul também reforça que conversa com todos os estados do País para ampliar a malha da companhia para cidades do interior. Ele diz que os incentivos fiscais são importantes para possibilitar os novos voos.  

“É gradual. A gente conversa com todos os estados, buscando junto a eles novas cidades que possam vir a serem atendidas. A gente tem que fazer uma análise, que não é tão simples, para essas novas cidades potenciais. Primeiro, tem que ter infraestrutura”.  

Legenda: Gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo
Foto: Diário do Nordeste

No caso de São Raimundo Nonato, ele afirma que foi feita uma adequação no aeroporto, com investimentos, principalmente em equipamentos que facilitam o pouso em condições meteorológicas não favoráveis.  

“Então, à medida que existe um investimento nos aeroportos regionais, existe uma demanda para a cidade, e a gente avalia. É muito importante que os acordos com os estados, porque via de regra existe algo que facilita e potencializa a aviação regional, que é a redução do ICMS na aquisição do combustível”. 

Segundo o gerente, o querosene de aviação é o maior custo das companhias aéreas e com o incentivo fiscal há possibilidade em se operar em cidades do interior. “Nosso maior custo é o querosene e através desses acordos com os estados a gente consegue chegar no interior dos estados para atender à população”.  

Sobre o destino

Área: 130 mil hectares
Criação do parque: 1979
1,2 mil imagens feitas entre 6 mil e 12 mil anos atrás 
Reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade 
Local possui sítios arqueológicos e paleontológicos entre formações rochosas, repletos de esqueletos humanos, instrumentos de pedra lascada e pinturas rupestres

Texto de Hugo R. Nascimento. O jornalista viajou a São Raimundo Nonato a convite da Azul 

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