Fique atento com os golpes online na Black Friday; saiba os riscos e como prevenir

No Brasil, a data movimenta especialmente o comércio online. O problema é que, para os oportunistas, a ocasião é usada para aplicar golpes

Legenda: O principal risco para o consumidor é o phishing, mensagens enviadas por e-mail, SMS, WhatsApp ou outros aplicativo, sugerindo a compra de algum produto ou serviço
Foto: Shuterstock

A Black Friday, na próxima sexta-feira (25), é uma boa oportunidade para os consumidores buscarem promoções e comprarem um produto por um preço mais baixo, mesmo sabendo, em geral, os descontos não são tão incríveis assim. 

No Brasil, a data movimenta especialmente o comércio online. O problema é que, se para uns a intenção seja fazer compras com um valor mais em conta, para outros é a ocasião para aplicar golpes

Veja também

Para orientar sobre os riscos dos golpes na internet e como preveni-los, Alberto Jorge, CEO da Trust Control, empresa especializada em cibersegurança, dá dicas fundamentais para que pode evitar muita dor de cabeça. Confira: 

Quais os riscos para quem for comprar na Black Friday? 

O principal risco para o consumidor é o phishing, que são aquelas mensagens enviadas por e-mail, SMS, WhatsApp ou outros aplicativos de mensagens, sugerindo a compra de algum produto ou serviço, com descontos muito acima do mercado, que levam o consumidor a clicar em algum link.  

A partir disso, o consumidor pode ser levado a um site ou formulário fraudulento que vai induzi-lo a fornecer dados bancários e pessoais, para efetuar aquela compra. Por isso, toda mensagem que induz a um click, deve ser bem examinada para não levar a fraudes, que ocorrem com muita frequência com navegadores de internet que estão desatualizados e, portanto, com maior vulnerabilidade a invasões. 

E-commerce
Legenda: Em compras online, evite usar o cartão de crédito físico
Foto: Shuterstock

Quais os principais golpes dos cibercriminosos e como preveni-los? 

Os cibercriminosos se aproveitam desses momentos de grande movimentação na internet para agir. Muitas vezes, se organizam em grupos e usam artifícios para invadir contas e sequestrar dados, ou seja, exigem dinheiro para devolver o acesso a contas bancárias, sistemas operacionais e outros tipos de dados sigilosos - tanto de consumidores comuns quanto de empresas.  

Todo cuidado é pouco, porque tanto os compradores comuns quanto as companhias que estão vendendo podem ser prejudicados. Para prevenir os golpes, a melhor medida é sempre desconfiar de alguma oferta exorbitante, ou de uma mensagem que vem de um remetente ou site desconhecido.  

Os portais mais conhecidos do mercado, como os gigantes do varejo, possuem todos os certificados, que garantem a segurança deles e dos usuários. Mas desconfie daquele que oferece um preço muito inferior.  

Na dúvida, consulte o serviço Reclame Aqui, que tem informações prévias e traz experiências de outros usuários com os sites que vendem produtos. Na dúvida, não clique, não compre, mesmo em se tratando da Black Friday. Isso pode evitar problemas bem maiores.  

Sempre que você receber algum tipo de propaganda sobre algo que lhe gerou interesse, ao invés de clicar no anúncio, busque a fonte original, acessando diretamente o portal do fabricante. Outra orientação é reforçar as proteções, especialmente o antivírus e o gerenciamento de senhas, escolhendo senhas fortes que sejam formadas por letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais - essas são as mais difíceis de serem quebradas pelos hackers.  

E nas compras online, evite usar o cartão de crédito físico. Quase todos os bancos atualmente oferecem a possibilidade de o usuário gerar cartões de crédito virtuais, que só podem ser usados uma vez. Isso dificulta a ação dos cibercriminosos, porque em caso de fraude, porque o número do cartão real não vai estar registrado na transação. 

Veja também

No caso de ter sido vítima de um golpe, o que o consumidor pode fazer? 

A primeira providência a se tomar é procurar as autoridades policiais e fazer um Boletim de Ocorrência, relatando o que aconteceu.  

A segunda medida que se recomenda é trocar todas as senhas. Isso pelo menos vai evitar que o cibercriminoso volte a ter acesso ao seus dados.  

Uma providência complementar, mas muito importante, caso ainda não tenha habilitado, é adotar o duplo fator de autenticação. Esse procedimento adiciona uma camada de proteção para os dados, dificultando ainda mais a atuação dos hackers.  

Além disso tudo, é fundamental ter um bom antivírus, mantê-lo sempre atualizado e fazer uma varredura completa no dispositivo, para eliminar qualquer rastro da invasão. No entanto, ressalto que o principal é redobrar os cuidados para evitar ser uma vítima.