O texto a seguir é de autoria do economista e consultor Célio Fernando Mello, secretário Executivo de Inovação da Secretaria da Casa Civil do Governo do Ceará. Ele aborda um tema atualíssimo que está na pauta do debate do Fórum Econômico Mundial de Davos, que foi aberto hoje nessa cidade localizada nos alpes suíços, numa das paisagens mais bonitas da Europa.
O documento “Fostering Effective Energy Transition” chega no exato momento em que o Ceará se move na direção da transição energética, e o faz com otimista perspectiva.
Ao mesmo tempo, por iniciativa da Fiec, realiza-se nesta segunda-feira, 23, às 14 horas, na Casa da Indústria, o lançamento do Centro de Excelência de Transição Energética, que, na gigantesca estrutura do Senai e do Sesi na Barra do Ceará, terá laboratórios e toda a estrutura para a formação, qualificação e treinamento de profissionais para o novo mercado de trabaho que se abre com o Hub do Hisrogênio Verde no Complexo do Pecém.
Leiam o que escreveu Célio Fernando:
“A instituição do Plano Estadual de Transição Energética , no último dia 12 de maio, por meio do decreto 34.733, ratifica os compromissos assumidos pelo Governo do Ceará na corrida para o Carbono Zero.
“O Estado do Ceará já é protagonista na sua Estratégia Climática Global com a busca para implantar um Vale de Hidrogênio Verde, em um HUB no Pecém.
“O movimento atraiu muitos investidores que têm estudado a viabilidade de aportarem em nosso Estado. Provavelmente, os Memorandos de Entendimento, no mínimo 21, abrigarão algumas dezenas de bilhões de dólares.
“A localização geográfica, a parceria CIPP-Porto de Roterdã, as condições naturais favoráveis do vento, do sol e do mar apontam para um futuro promissor.
“Neste momento, antes de chegarmos ao Hidrogênio Verde (H2V), estão se alavancando tecnologias e inovações na transição. Participam, o biometano, em um blend nos dias de hoje da ordem de 15%, operado pela Cegás-Mitsui.
“A transição energética justa estabelece uma visão de futuro com ações agora para a Economia de Baixo Carbono. Justa para – nessa riqueza do ouro verde – as populações mais vulneráveis serem partícipes de uma grande inclusão socioprodutiva, desejos liderados pelo ex-governador Camilo Santana e agora pela governadora Izolda Cela.
“A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), parceira de todas as horas do Estado, manifestou projeções que deverão dobrar o PIB cearense se continuarmos nesses caminhos. Por sua vez, a UFC, a UECE e o IFCE têm trazido contribuições do Estado da Arte na Ciência, Tecnologia e Inovação. O diálogo Governo com a Sociedade se amplia nos compromissos internacionais e na formulação de políticas públicas inclusivas e de baixo carbono.
“O Governo Federal, por meio do Decreto 11.075, que instituiu o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa, fortalece a direção aderente do Ceará e do Brasil à mudança de época em curso diante das alterações climáticas. Ceará Verde e Brasil Verde em uma jornada pragmática de sustentabilidade nos médio e longo prazos.
“O Ceará Azul vem na mesma trilha no olhar para os verdes mares, responsáveis pela captura de 1/4 do dióxido de carbono no mundo. Em breve, um estado interconectado e totalmente integrado na base desse contexto, que é a transformação digital, acelerada nos últimos anos e trazendo, a valor presente, muitas ações de um futuro próximo.”