Com o objetivo e integrar as ações de apoio financeiro ao setor produtivo regional, a Sudene anunciou hoje a retomada das atividades do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (CORIFF). A medida, articulada com o Consórcio Nordeste e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cujo escritório regional no Recife a decisão foi anunciada.
O grupo de agentes financeiros subsidiará o Conselho Deliberativo da Sudene com medidas de aperfeiçoamento da aplicação dos instrumentos que financiam as ações de desenvolvimento regional.
“Esta é uma retomada estratégica no planejamento regional promovida pela Sudene. O CORIFF terá um papel importantíssimo de oferecer propostas que são práticas para acelerar os investimentos financeiros e estimular projetos compatíveis com a agenda de desenvolvimento sustentável”, disse Danilo Cabral, superintendente da Sudene.
O comitê é um órgão de caráter permanente e consultivo do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel). O grupo é formado por representantes da administração superior do BNDES, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Outras instituições podem ser convidadas considerando as pautas econômico-financeiras debatidas pelos membros do Condel.
O CORIFF vai estabelecer metas consolidadas entre as instituições para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste, considerando ações como o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil, além das políticas de desenvolvimento regional. O tema deve ser retomado pela Sudene na próxima reunião do seu conselho, prevista para o dia 15 deste mês.
Diretora de Crédito Digital para Pequenas e Médias Empresas do BNDES, Maria Fernanda Coelho comemorou o fato de reunir instituições que estão presentes no desenvolvimento das estratégias de fomento às atividades produtivas nordestinas.
“Queremos ampliar ainda mais o investimento no Nordeste, fortalecendo o crescimento econômico”, ratificou ela.
Por sua vez, Glauber Piva, executivo do Consórcio Nordeste, também ecoou a importância de promover ações que tragam mais desenvolvimento à região.
“É um reencontro do Nordeste com o Brasil a partir de uma agenda participativa”, destacou Piva.
Ao analisar a retomada da visão regional na política econômica brasileira, a economista Tânia Bacelar destacou a pluralidade das atividades econômicas do Nordeste e do novo momento vivido pela região, que passou a contar com um número maior de jovens qualificados a partir da desconcentração das instituições de ciência e tecnologia.
“O desafio é investir e saber quais são os atores estratégicos para isso. O Nordeste mudou e a agenda de investimentos renovou-se, tornando-se mais complexa. Os bancos públicos e de desenvolvimento são importantes para aumentar a capilaridade dos recursos”, ela disse, complementando:
“O coração da Sudene é o seu Conselho Deliberativo, que é responsável por articular a política pública federal com as estaduais. E a reinvenção de modelos de articulação financeira através do CORIFF é fundamental para a coordenação estratégica das escolhas prioritárias e instrumentos”.