Samaria Rações dobra de tamanho para atender demanda crescente

Localizada no Distrito Industrial de Maracanaú, a empresa de Cristiano Maia tem outra fábrica de rações em Goiana (PE), A de Fortaleza ganhou uma linha pet, que começa a produz hoje

Legenda: A Samaria Rações está dobrando a produção de sua fábrica de Fortaleza para atender à crescente demanda do Norte e Nordeste
Foto: Panorama da Agricultura

Maior fabricante de rações animais do Nordeste, a cearense Samaria Rações, localizada no Distrito Industrial de Maracanaú, dobrará de tamanho até junho do próximo ano, quando terminarão as obras de sua ampliação e modernização, iniciadas neste ano. 

Seu sócio majoritário e CEO, Cristiano Maia, informa que, na semana passada, foi concluída a instalação dos novos equipamentos e máquinas da unidade de produção de rações da linha Pet, para cães e gatos, que começa a produzir hoje. 

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A Samaria Rações tem também uma unidade industrial na cidade pernambucana de Goiana, que fica entre Recife e João Pessoa e produz, mensalmente, duas mil toneladas de alimentos para peixe e camarão. A unidade de Fortaleza, que hoje produz cinco mil toneladas de rações por mês, passará a produzir 8 mil toneladas, para o que estão sendo investidos mais de R$ 10 milhões.

Cristiano Maia disse à coluna que decidiu verticalizar sua “apaixonante atividade de carcinicultor” para livrar-se das “pressões psicológicas” de antigos fornecedores, que “faziam os clientes de gato e sapato”. Entre esses clientes, a Samaria. 

A decisão de produzir sua própria ração e, mais ainda, de oferecer ao mercado produtos de qualidade “com preço justo”, foi acertada: sua empresa abastece todo o mercado nordestino e ainda uma parte do nortista.

Com fazendas de produção em municípios do Vale do Jaguaribe (ele foi prefeito de Jaguaribara, mas garante que se livrou do vírus da política, dedicando-se hoje inteiramente à iniciativa privada), Cristiano Maia é também agropecuarista, e já anuncia que, ao ouvir, sexta-feira passada, na Faec, as boas previsões para a estação de chuvas de 2023, feita pelos cientistas Luís Carlos Molion, Francisco de Assis Diniz e Eduardo Sávio Martins, planejará seus investimentos “para a quadra invernosa do ano que vem”, mas antecipando que cuidará com mais carinho da agricultura, “sem esquecer a pecuária de leite e de corte”.

Presidente da Camarão BR, entidade que reúne os maiores criadores de camarão do Nordeste – cuja produção sustenta a liderança nacional do setor, Cristiano Maia está empenhado, junto ao ministério da Agricultura, na tarefa de reabrir o mercado europeu para o camarão brasileiro. Não é fácil. 

A Comunidade Europeia criou barreiras alfandegárias que hoje tornam muito difícil a venda dos produtos da carcinicultura do Brasil para o Velho Continente. 

“Mas estamos avançando aos poucos”, diz Maia, já ciente de que essas tratativas deverão sofrer solução de continuidade com a posse do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. “Nem sabemos ainda quem será o ministro da Agricultura”, lembra ele. 

Quando o novo ministro for anunciado e empossado, “aí teremos de recomeçar tudo outra vez, ou seja, teremos de buscar o apoio do novo governo para o esforço de reabertura do mercado europeu para o camarão brasileiro, que é um produto da mais alta qualidade, atendendo a todos os requisitos fitossanitários do exigente consumidor da Comunidade Europeia”, explica Cristiano Maia.

ELMANO DIZ: VAI DAR CERTO!

Após a entrevista que concedeu à imprensa antes do almoço com o qual, no hall do seu edifício-sede, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) homenageou sexta-feira, 16, a governadora Izolda Cela, o governador eleito Elmano Freitas atendeu a um aceno deste colunista, cujas mãos apertou, dizendo:

“Vai dar certo!”

Como resposta, ouviu outra frase:

“O Ceará e os cearenses torcemos para que dê certo”.

Elmano pôde sentir essa torcida no evento da Fiec: os cerca de 600 empresários da indústria, do comércio e da agropecuária presentes ao almoço o homenagearam com fortes aplausos quando seu nome foi anunciado. 

E ao falar, ele prometeu diálogo e cooperação com o setor produtivo, dizendo o seguinte ao auditório:

“O Ceará, mais do que nunca, precisa do apoio dos senhores e das senhoras”.