ATUALIZAÇÃO Às 13h18 de 07/04/23:
A Defesa Civil do Ceará informou que não há risco de inundação com a possível sangria do açude Fogareiro. Quem construiu casas ou sítios na região não deve temer por suas propriedades pois o órgão estadual e a Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh) monitoram a situação diariamente.
Famílias que construíram casas e instalaram sítios às margens do rio Quixeramobim, à jusante do açude Fogareiro, estão fugindo e levando o que podem, diante da ameaça de inundação causada pelo possível vertimento da barragem.
O Fogareiro, que barra o rio Quixeramobim, tem capacidade para acumular 118 milhões de metros cúbicos de água. Ele acumula hoje mais de 80% de sua capacidade.
Empresários da agropecuária com fazendas de produção em Quixeramobim – em conversa com esta coluna – estimam que o Fogareiro verterá até o próximo domingo, tendo em vista que prosseguem as fortes chuvas que desabam sobre suas nascentes.
As mesmas fontes lamentam que as autoridades da Defesa Civil do Estado do Ceará e da Prefeitura de Quixeramobim não tenham tomado providências para impedir que se construíssem residências no caminho das águas do rio Quixeramobim.
Agora, diante da emergência de uma inundação que provocará um possível e próximo vertimento da barragem do Fogareiro, são os próprios moradores e agricultores que, sentindo-se ameaçados, retiram-se da área e procuram um lugar seguro para instalar-se.
“Eles construíram suas casas no lugar errado”, comenta o agropecuarista Airton Carneiro, que acompanha, apreensivo, a recarga do Fogareiro e a possibilidade real de ele verter nos próximos três dias. “Irresponsáveis”, comentou o fruticultor João Teixeira, referindo-se às famílias que se instalaram à jusante do Fogareiro, em área que será inundada caso aconteça mesmo o vertimento da barragem do Fogareiro.