Na próxima sexta-feira, dia 24, o Conselho de Administração da Petrobras reunir-se-á para, entre outas coisas, aprovar o nome da nova presidente da empresa, a engenheira Magda Chambriard, que substituirá Jean Paul Prates. Essa mudança não foi ainda digerida pelo mercado: ontem, as ações da Petrobras caíram 0,19%.
Os operadores do mercado, os investidores e, também, os políticos consideram que o governo está interferindo diretamente na gestão da Petrobras.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que Magda Chambriard deverá cumprir o plano de investimentos da estatal, sem causar surpresas ao investidor, mas terá, igualmente, a tarefa de impulsionar a economia do país, para o que, entre outras iniciativas, deverá baratear o preço do gás, aumentando sua oferta à população.
Na gestão de Jean Pau Prates, o foco da empresa foi a extração de petróleo e a busca por novas reservas, para o que vinha fazendo perfurações na chamada Faixa Equatorial, que vai do Rio Grande do Norte até Roraima.
Informou-se ontem que a futura presidente da Petrobras quer substituir dois diretores da estatal: o de Engenharia e Inovação, Carlos Travassos, e o de Governança e Conformidade, Mário Spinelli. Os nomes dos seus substitutos deverão ser divulgados hoje, em Brasília.
Desde a demissão de Jean Paul Prates, a Petrobras já perdeu mais de R$ 40 bilhões em valor de mercado, como resultado da queda do preço de suas ações ordinárias e preferenciais.