Nova missão empresarial alemã está chegando ao Ceará

Organizada pela TradePoint em parceria com a IWR - Internationaler Wirtschaftrats e.V,, com sede em Berlim e filial em Bruxelas, a comitiva alemã é integrada por 15 empresários, que têm foco, também, no setor da agropecuária cearense

Legenda: Da esquerda para direita: Henrique de Aguiar Mota, Tino Barth - Presidente da IWR - e Carlos Henrique Carvalho, da TradePoint-Brasil.
Foto: Ad3 Marketing.

Mais uma missão empresarial da Alemanha – que terá, também, empresários de outros países da Europa – desembarcará em Fortaleza na próxima segunda-feira, 8. 

Desta vez, a missão, integrada por 15 empresários de diferentes setores da atividade econômica, trará na bagagem o interesse por projetos do setor da agropecuária, entre os quais o Perímetro Irrigado de Varjota, no município de mesmo nome, no Norte do Ceará, que é administrado pelo Dnocs. 

Quem está atraindo essa nova missão é a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) em parceria com a TradePoint Brasil, empresa de assessoria e atração de investimentos, com sede em Fortaleza e em Berlim, liderada pelos sócios Carlos Henrique Carvalho, Henrique Carvalho e Henrique de Aguiar Mota.

Para organizar essa visita, a TradePoint promoveu na capital alemã, no ano passado, dois eventos que reuniram empresários de Hamburgo, Munique e Berlim, os quais foram informados sobre como e onde investir no Brasil. A visita ao Ceará é, pois, resultado desses eventos.

Os dois eventos foram realizados em parceria com a IWR - Internationaler Wirtschaftrats e.V., que tem sede em Berlim e filial em Bruxelas (Bélgica). Dessa entidade, fazem parte cerca de 300 empresários da Alemanha, Áustria, Bélgica e Suíça. É ela que os representa junto aos parlamentos dos países da União Europeia, incluindo a própria Alemanha.

A TradePoint-Brasil, por sua vez, é a empresa que representa a IWR junto aos governos e às entidades empresariais brasileiros. É ela, também, que realiza todo o trabalho de promoção, curadoria de projetos, assessoria jurídica e gestão comercial e empresarial para investidores internacionais no Brasil.

A missão empresarial alemã que chegará aqui na próxima segunda-feira cumprirá, durante toda a semana, uma agenda de reuniões com autoridades do governo do Ceará e lideranças do empresariado cearense. 

Haverá encontros com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; com o presidente da Faec, Amílcar Silveira; com diretores da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP); e com diretores da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), entre os quais o vice-presidente da entidade, André Montenegro, com quem a TradePoint tem permanente contato.

O presidente da Faec, Amílcar Silveira, antecipou à coluna que os europeus deverão visitar o Perímetro Irrigado de Varjota, que tem potencial para receber investimentos europeus.

Carlos Henrique Carvalho, sócio e diretor da Trade Pont, que reside há juitos anos em Berlim, virá acompanhando o grupo europeu. Ele disse à coluna que o grupo, além da agropecuária, está igualmente interessado em projetos das áreas imobiliária, energia renovável e saneamento. 

Para o presidente da Faec, a vinda da missão alemã, integrada por empresários de outros países europeus, pode abrir para a economia do Ceará uma nova janela de oportunidade com foco na fruticultura irrigada. 

Amílcar Silveira entende que os projetos de irrigação administrados pelo Dnocs no Ceará precisam de ser 1) concluídos, 2) ocupados por quem tem vocação para a moderna fruticultura irrigada, 3) revistos do ponto de vista legal para permitir as mudanças de gestão de que necessitam, 4) urgentes investimentos na sua infraestrutura de canais e bombas e 5) decisão política do governo da União para que tudo isso possa acontecer no curto prazo para o bem do desenvolvimento econômico do estado do Ceará.

Há mais de um ano, a Faec mostra-se disposta a assumir a gestão do Projeto de Irrigação de Varjota, sobre o que já teve várias reuniões com a direção do Dnocs, as quais, até agora, produziram apenas boas intenções e promessas. 

Se já estivessem sido concluídos, dispondo hoje de toda sua infraestrutura instalada e em operação, os projetos irrigados do Dnocs já teriam mudado o perfil da economia primária cearense. 

Não há dinheiro público para tantos investimentos. Que tal, então, transferir sua gestão para a iniciativa privada?

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