Não existe mais a Europa de antigamente, diz empresário cearense

Sua filha, que caiu do cavalo numa hípica em Paris, esperou 9 dias para fazer uma ressonância magnética, algo que se faz em duas horas em Fortaleza. E mais: Energia: o Nordeste castigado!

Legenda: Aparelho de ressonância magnética numa das clínicas de imagens de Fortaleza
Foto: Arquivo / Diário do Nordeste

Um empresário cearense cuja empresa atua na área do transporte marítimo e da operação portuária manda dizer da França, onde se encontra hoje: 

“A Europa está 100 anos atrás do Brasil, pelo menos em acessos a exames de imagens em clínicas e hospitais, onde falta tudo – médico, enfermeiro e gente de atendimento”.

Ele conta que, há 16 dias, sua sobrinha caiu do cavalo numa hípica nos arredores da capital francesa. 

“Só depois de nove dias de peregrinação, ela conseguiu fazer uma ressonância magnética, um procedimento que em Fortaleza se faz em duas horas”, explica ele, que confessa: “Não existe mais aquela Europa de antigamente”.

Hoje, sua sobrinha será levada para a Suíça “para ser examinada; se esse exame demorar, vamos levá-la para São Paulo, mas tenho certeza de que em Fortaleza ela estaria mais bem assistida do que aqui na França”.

E para concluir, o empresário revela que, há dois meses, em Fortaleza, ele, ao erguer algo muito pesado, abriu uma hérnia na lombar. 

“Fiz a ressonância uma hora depois de chegar à clínica. Esta rapidez de atendimento não existe na Europa”, lamentou ele.

Resumindo: parece que somos felizes e não percebemos. 

ENERGIA: NORDESTE BATE RECORDE, MAS É CASTIGADO

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Diante da notícia publicada ontem por esta coluna, segundo a qual, no último mês de setembro, a geração de energia eólica e solar bateu 29 recordes, principalmente no Nordeste, o engenheiro cearense Fernando Ximenes, especialista em energia e dono da Gran Eollic, que projeta e instala sistemas de geração de energia solar fotovoltaica, transmitiu o seguinte comentário:

“São recordes que se repetirão. E são as duas fontes de geração ofertadas com o menor custo nos leilões de energia.

“Para os consumidores do mercado cativo de energia, o custo da tarifa tem que ser regionalizado, pois não faz sentido o Nordeste, que produz e exporta a energia mais barata do Brasil, estar a pagar mais caro pelo seu consumo. Com energia mais barata, o Nordeste atrairá grandes indústrias para a região. 

“Que a Portabilidade Livre de Energia seja logo aprovada para que se abra todo o mercado nacional, reduzindo custos para todos.”