Mercado financeiro já vê governo Lula com bons olhos

Pesquisa Genial/Quaest revelou que desconfiança do mercado financeiro em relação ao governo do presidente Lula caiu de 90% para 44%

Legenda: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganha a confiança do mercado financeiro
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Ontem, quarta-feira, 12, a Bolsa de Valores B3 fechou quase na estabilidade, com alta de 0,09%, aos 117.666 pontos. 

E o dólar, que na véspera havia encerrado o dia cotado a R$ 4,89, fechou valendo R$ 4,81, com um recuo de 0,90% causado pelos números suaves da inflação nos Estados Unidos, o que reduziu a pressão sobre as ações, fez as bolsas norte-americanas e europeias operarem em alta e ainda provocou a queda da moeda norte-americana nos mercados internacionais.

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A inflação mais suave nos Estados Unidos pode fazer com que o Federal Reserve, o Banco Central de lá, promova apenas mais uma alta dos juros da economia norte-americana, e não duas, como se previa antes da divulgação da inflação do mês de junho passado, que veio abaixo do que esperava o mercado.

E como consequência dessa suavidade, o preço internacional do petróleo do tipo Brent, que serve de referência para a Petrobras, está em alta na Bolsa de Londres. O barril do petróleo é vendido nesta quinta-feira a US$ 80,35. Ontem, o barril custava US$ 79.

Aqui no Brasil, os juros futuros subiram levemente ontem, e isto é reflexo do IPCA relativo ao setor de serviços, cuja inflação no último mês de junho cravou 0,9%, bem maior do que o 0,3% previsto pelo mercado. 

Por causa disso, os economistas preveem que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, iniciará, na sua próxima reunião de agosto, um ciclo suave de queda da taxa básica de juros Selic.

Estima-se uma redução de 0,25%, metade do que se estimava antes da divulgação do IPCA do mês passado, e a culpa é da insistente subida de preços do setor de serviços.

Ontem, foi divulgada uma pesquisa da Genial/Quaest, que revelou, entre outras coisas, que, entre março e julho deste ano, caiu de 90% para 44% o índice de desconfiança dos operadores do mercado financeiro em relação ao governo do presidente Lula.

Por sua vez, o índice que mede a confiança do mercado na atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, subiu de 10% em março para 65% neste mês de julho.

A pesquisa também revelou que foi de 2% para 47% a parcela do mercado financeiro que consideram na direção certa a política econômica do governo, enquanto a parcela que a consideram na direção errada diminuiu de 98% para 53%.