Mário Araripe, da Casa dos Ventos, investirá no Hidrogênio Verde

Ele o fará em parcerias com grandes multinacionais, com as quais desenvolve entendimentos. Araripe foi a mais citada e a mais assediada presença em reunião de ontem, na Fiec, com a presença do diretor-geral da Aneel.

Legenda: Mário Araripe é empresário do setor de energias renováveis
Foto: Edu Moraes

Maior empresário brasileiro do setor de energias renováveis, o cearense Mário Araripe foi a presença mais aplaudida e a mais assediada do evento que, ontem, sexta-feira,3, na Fiec, marcou a assinatura – pelo presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone – da Resolução Normativa que estabelece tratamento regulatório para a implantação de usinas híbridas.

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Citado por todos os oradores da solenidade, a começar pelo presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, o controlador da Casa dos Ventos, que investe em grandes projetos de geração de energia solar e eólica, revelou a esta coluna que vai entrar no negócio do Hidrogênio Verde (H2V). 

Para isso, terá a parceria de grandes empresas multinacionais do setor, uma das quais é do Top 10 de petróleo e gás, mas ele faz questão de manter sob sigilo a identidade dos parceiros.

Araripe, que se deslocou ontem cedo de São Paulo para Fortaleza só para estar presente à reunião da Fiec, considera que, do ponto de vista estratégico, o Ceará está muito bem-posicionado em relação ao projeto de instalação de um Hub de Hidrogênio Verde na área do Complexo do Pecém.

Lauro Fiúza Júnior, sócio majoritário e presidente do Conselho da Servtec Energia, citado, com justiça, como o pioneiro das energias renováveis no Brasil, e Fernando Cirino Gurgel, que, em associação com empresas multinacionais, tem investido em grandes projetos eólicos na Chapada do Apodi, alegraram-se com a presença de Mário Araripe no evento da Fiec.
 
“A presença dele aqui é uma prova de que o Brasil e o Ceará caminham na direção certa para acelerar a substituição da energia de origem fóssil pelas renováveis, que são limpas do ponto de vista ambiental”, como disse Lauro Fiúza.
 
“Mário Araripe é o melhor exemplo de empresário comprometido com o futuro da economia do país, investindo cada vez mais na geração das energias eólica e solar, e agora já focando na produção do Hidrogênio Verde”, como salientou Fernando Cirino.
 
Araripe e sua equipe de especialistas da Casa dos Ventos conhecem, pormenorizadamente, as condições de vento e de irradiação solar do Nordeste brasileiro, citando o interior da Bahia como a área da região nordestina com as melhores condições para a geração de energia eólica.

Sua empresa já mediu a intensidade de ventos no Litoral Norte do Ceará, onde está Pecém, e registrou que, tanto no continente, quanto dentro do mar, há um equilíbrio na sua intensidade e regularidade.
 
Há, porém, detalhes técnicos que favorecem a região para a instalação de projetos de geração eólica offshore. 

Por exemplo: a distância entre o fundo do mar e a linha d’água é, em média, de 20 metros a 30 metros, como informou à coluna o engenheiro Adão Linhares, secretário Executivo da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Ceará. Isso reduz os custos de implantação e manutenção de torres eólicas com suas gigantescas pás, naceles e aerogeradores. 

Mário Araripe falou sobre seu portentoso parque eólico Rio do Vento, no vizinho Rio Grande do Norte, que, numa área de 7 mil hectares, produzirá 1.038 MW já totalmente comercializados.

O parque terá 240 torres (mais de 120 já instaladas) cada uma das quais com 90 metros de altura e com turbina da Vestas com potência de 4.2 MW e 4.5 MW, todas fabricadas pela empresa dinamarquesa em sua unidade industrial de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
 
Uma parte desse parque está começando a produzir energia, mas todo ele estará pronto e em operação dentro de mais 180 dias, segundo informa o site da Casa dos Ventos.